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    Início»Cinema»A Morte Passou Perto – 1955 (Resenha)
    Cinema

    A Morte Passou Perto – 1955 (Resenha)

    Luiz Eduardo LuzPor Luiz Eduardo Luz23 de janeiro de 2017
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    Em 1955, dois anos após realizar seu filme de estreia, Medo e Desejo, o grande cineasta Stanley Kubrick lançou A Morte Passou Perto (The Killer’s Kiss), seu segundo longa-metragem. Assim como no anterior, ele editou, fotografou, produziu e dirigiu o filme. Diferentemente da maioria de sua filmografia, na qual usa roteiros adaptados de livros notáveis e de outros autores, a história de A Morte Passou Perto é original e de autoria de Kubrick.

    Com apenas 26 anos na época da produção, o diretor havia passado a maior parte de sua vida em sua cidade natal, Nova York. Logo, a metrópole era o ambiente onde se sentia mais confortável para expressar sua arte. É nela, portanto, que a história do filme se passa. A abertura do filme mostra o protagonista, Davey Gordon (Jamie Smith), esperando um trem. Pensativo, ele começa a narrar os fatos que ocorreram com ele nos últimos dias, e que o levaram até ali.

    Davey é lutador de boxe, e após ser derrotado em uma luta que valia o título de campeão, voltou para casa desapontado e exausto. Porém, enquanto estava dormindo, foi acordado pelos gritos de sua vizinha. A moça, Gloria (Irene Kane), estava sendo atacada por seu amante, Rapallo (Frank Silvera, que também trabalhou em Medo e Desejo), o dono da boate na qual ela trabalha. Ele foge após Davey partir em direção ao apartamento. Lá, o boxeador consola Gloria, e se inicia um romance entre os dois, que decidem ir embora da cidade para tentarem uma vida nova em Seattle.

    Ele queria se distanciar do boxe e de sua vida melancólica, e ela da ameaça iminente que Rapallo se tornara. Para isso, precisavam de dinheiro. Elaboraram um pequeno plano para conseguirem a quantia necessária: iriam até o estabelecimento onde Gloria trabalhava para que ela reivindicasse o que ele a devia, e Davey aguardaria seu treinador na frente do local para receber seu dinheiro, também. Desconfiado, Rapallo ordenou a seus capangas que matassem o boxeador, mas uma série de imprevistos fez com que os subordinados assassinassem o técnico de Davey, e posteriormente raptassem Gloria, pois ela poderia ser uma testemunha do crime.

    A parte final do filme mostra os esforços do protagonista para salvar sua amada e vingar a morte de seu amigo, que culminam em uma cena inesquecível de um duelo entre Davey e Rapallo dentro de uma fábrica de manequins. De volta à estação de trem, o fim da obra serve para sanar a dúvida do espectador quando ao destino da relação do lutador e da dançarina.

    O grande destaque do filme é a excelente fotografia de Kubrick, que, ancorado no gênero noir, faz um retrato visceral da Nova York dos anos 50. A cidade não é mostrada de forma glamurosa como usualmente, e sim como um mapa de tempos diferentes. A Broadway, as calçadas, os edifícios: todos são mostrados de forma escura, suja e, muitas vezes, passam a impressão de estarem abandonados, como se a própria população tivesse esquecido sua outrora bela cidade.

    O ângulo de câmera, principalmente no fim do filme, ressalta a sensação de pequenez dos atores em meio aquele ambiente pesado de prédios. A fotografia auxilia muito o tom do filme, que é de uma história obscura e triste. Os personagens vivem vidas vazias, medíocres, e Kubrick dá poucas pistas sobre o passado deles, ou sobre o que estão pensando. O que importa, para ele, é o simples desenrolar do enredo, que serve como pano de fundo para as experimentações técnicas e artísticas do então jovem diretor, mas que já possuía um roteiro centrado no tema kubrickiano primordial: o conflito, seja ele entre exércitos inimigos, um lutador e um dono de boate, escravos e dominadores, humanos e computadores, indivíduo e Estado.

    Agora que já havia realizado um longa-metragem e que era um jovem conhecido no meio cinematográfico independente, Stanley podia trabalhar com mais desenvoltura e confiança, e isso pode ser percebido em seus próximos filmes, também. Ele demonstrou uma evolução assustadora em um curto período de tempo, haja vista que entre Medo e Desejo, o primeiro, e Glória Feita de Sangue, um de seus melhores trabalhos, transcorreram-se apenas quatro anos. A Morte Passou Perto é mais um dos degraus da carreira de um dos maiores artistas do século XX, no qual podemos perceber, de imediato, o grande conhecimento técnico que ele possuía (em contraposição, por exemplo, aos diretores franceses da Nouvelle Vague, quase que na mesma época), a influência do meio no qual ele estava inserido para sua mentalidade cinematográfica e, acima de tudo, o enorme potencial contido naquele jovem de vinte e poucos anos.

    7.0 Bom

    O segundo filme de Stanley Kubrick é um exímio exercício de fotografia por parte do diretor, que, por meio de uma simples história de suspense ambientada em Nova York, revelou grandes qualidades que iriam permear toda a sua obra.

    • IMDb 6.7
    • Roteiro 6.5
    • Elenco 7
    • Fotografia 8
    • Trilha Sonora 7
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    Luiz Eduardo Luz
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    Publicitário, amante da sétima arte e colecionador de filmes, escreve sobre cinema para o Canto Dos Clássicos. Frase preferida do cinema: “Tudo bem, Sr. DeMille, estou pronta para o meu close-up.” – Crepúsculo dos Deuses.

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