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    Início»Cinema»Um Cão Andaluz – 1929 (Resenha)
    Cinema

    Um Cão Andaluz – 1929 (Resenha)

    Lucas Pilatti MirandaPor Lucas Pilatti Miranda4 de março de 20151 comentário
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    Se você tem mente aberta, está disposto a assistir uma das coisas mais confusas e intrigantes que existem no cinema, você está na resenha certa. Caso seja um adepto do clássico e reto “início, meio e fim” é melhor clicar aqui antes que seja tarde demais.

    Bom, como eu já disse, esse é um dos filmes mais “bizarros” entre todos os que você vai assistir, mas por que as aspas? Porque ao mesmo tempo que ele não tem sentido nenhum, se estudarmos a fundo a história e origem do filme, conseguimos tirar muitas conclusões, mesmo que filosóficas demais para os mais fechados.

    Para começar, Un Chien Andalou é um filme francês que abriu as portas do surrealismo na sétima arte, um dos principais do gênero. Escrito e dirigido por nada mais nada menos do que Salvador Dalí (sim, aquele do quadro derretendo) e Luis Buñuel.

    Sentiu o drama? Agora devemos contextualizar um pouco a época em que o filme foi lançado para tentarmos entender um pouco mais sobre a vertente surrealista. A década de 20 era composta pela racionalização humana que servia de favor para a destruição, o período neocolonialista, o darwinismo social, a primeira guerra e consequentemente a segunda guerra mundial foram a influência. O surrealismo chegou para romper com tudo isso, se baseando em diversos conceitos filosóficos, como exemplo, as obras de Freud, com destaque para A Interpretação dos Sonhos.

    Um dos principais ícones da origem do movimento surrealista, foi André Breton, o qual escreveu “O Manifesto Surrealista” em 1924, onde traçou as bases teóricas do movimento e definiu o caminho a seguir.

    Agora que conhecemos a base do surrealismo, vamos ao filme. Logo no primeiro minuto, aparece Buñuel fumando um charuto e afiando sua navalha, e é com esse objeto que, após observar o céu, ele corta o olho da, talvez, protagonista. Ou seja, logo de cara nos é apresentada a base teórica do movimento, a quebra da realidade, o corte da visão nos mostra um rompimento daquilo que liga o interior do exterior, e o inconsciente do consciente/real.

    A não linearidade da história é a principal peça para nos deixar confuso e longe de entender a trama. Mais para frente, e mais de uma vez durante o filme, nos deparamos com formigas na mão de um personagem, o que pode remeter ao formigamento das mãos, que em muitos locais é considerado como “desejo de matar” e no contexto histórico do surrealismo, podemos relacionar com as pessoas que não aguentavam toda aquela destruição das guerras e queriam acabar com uma sociedade completamente rompida.

    Muitas cenas do filme têm seus significados como interpretação livre dos espectadores. Isso faz parte do surrealismo, conversarmos indiretamente com nosso inconsciente para obter respostas e assim tirarmos nossas próprias conclusões. Um exemplo seria a cena da mão no asfalto. Para quem assistiu, o que interpretou dessa cena? Deixe nos comentários.

    Outra cena marcante e intrigante começa quando o rapaz acaricia os seios da mulher, onde hora são seios e depois são nádegas. Ela o empurra e tenta escapar do quarto onde estão, mas do nada, ele pega duas cordas do chão, as quais trazem com elas as tábuas dos 10 mandamentos, dois pianos onde, em cima de cada um se encontram dois asnos mortos e com olhos arrancados, tudo isso além de dois padres que mesmo sem fazer nada, parecem completamente assustados com a situação (sim, tudo isso aparece do nada).

    Aqui, podemos perceber os desejos eróticos que todos temos e os quais a sociedade reprime. Junto com todos esses desejos vem o peso do pecado, representado pelas tábuas. Com relação aos burros mortos em cima dos pianos, descobri na internet que é uma referência a um livro infantil chamado Platero y yo escrito por Juan Ramón Jiménez, o qual a dupla realizadora do filme (Buñuel e Dalí) odeiam.

    Bom, essas são apenas algumas cenas marcantes desse filme icônico da sétima arte, e eu não costumo fazer análises completas de filmes para deixar os comentários abertos e discutirmos juntos os diversos pontos da obra. Comentem suas opiniões e dúvidas aqui embaixo e vamos explodir nossas cabeças para tentar achar um significado para o surreal.

    https://www.facebook.com/cantodosclassicos/videos/1523452567753385/

    7.3 Bom

    Um tapa na cara da sociedade. Isso que é o surrealismo, junto com uma fuga da mesmice e também uma resposta para todas as pessoas quadradas e que seguem o barco sem questionar sequer a própria existência.

    • IMDb 7.9
    • Fotografia 7
    • Elenco 7
    • Roteiro 8
    • Trilha Sonora 6.5
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    Lucas Pilatti Miranda
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    Criador do Canto dos Clássicos, fascinado por música, cinema e uma boa cerveja. "A vida passa rápido demais, se você não parar e olhar para ela de vez em quando, pode acabar perdendo." - Ferris Bueller's Day Off.

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    1 comentário

    1. Verlyne de Sousa on 10 de maio de 2015 10:47

      Tem a cena em que uma mulher esta na rua cutucando a mão com uma vareta, o que eu não sei o que significa mas reparei que quando a câmera pega o ponto de vista das duas pessoas olhando a multidão pela janela, aparece um “simbolo da paz” formado pelas pessoas, nao sei se ficou mt claro, aí o símbolo desmancha e fica a mulher no meio da rua parada. cri cri

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