Facebook Twitter Instagram
    Facebook Instagram YouTube
    Canto dos Clássicos
    História do Cinema
    • Início
    • Resenhas de Filmes
    • Listas
      • Melhores Diretores
      • Filmes de cada país
      • Todas as listas
    • Movimentos
      1. Surrealismo
      2. Neorrealismo Italiano
      3. Montagem Soviética
      4. Nouvelle Vague
      5. Cinema Novo
      6. Expressionismo Alemão
      Featured

      Cinema Novo Brasileiro

      Por Lucas Pilatti Miranda3 de outubro de 2018
      Recent

      Cinema Novo Brasileiro

      3 de outubro de 2018

      Nouvelle Vague

      1 de outubro de 2018

      Montagem Soviética

      28 de junho de 2018
    • Youtube
    • A História do Cinema
    Canto dos Clássicos
    Início»Cinema»Zelig – 1983 (Resenha)
    Cinema

    Zelig – 1983 (Resenha)

    Natália Lago AdamsPor Natália Lago Adams11 de setembro de 2016
    Facebook Twitter WhatsApp Email
    Envie
    Facebook Twitter WhatsApp Email

    Não é nenhuma novidade Woody Allen encarnar diferentes personalidades atuando em seus próprios filmes. Zelig é uma prova disso: em 79 minutos, o ator esteve na pele de um gangster, um músico negro, um psiquiatra, um índio, e por aí vai. Isso porque o protagonista, que dá nome ao filme, tem um raro distúrbio de personalidade que faz dele um “camaleão humano”.

    A longa metragem é um pseudodocumentário cômico sobre Zelig, um homem que assume as características físicas e psicológicas das pessoas que o cercam como uma forma de defesa social por conta de um trauma de infância: na escola, quando os colegas de turma perguntaram se ele já havia lido Moby Dick, Zelig mentiu para ser aceito, uma vez que todos já o fizeram exceto por ele. Desde então, o personagem deixou de ter uma personalidade própria e passou a vida se transfigurando.

    Depois de ser notado por F. Scott Fitzgerald, o homem atrai a atenção da mídia e torna-se uma celebridade, fazendo com que estudiosos passem a estudar sua condição. É então que Zelig conhece a Dra. Eudora Fletcher (Mia Farrow), que passa a dedicar-se à busca de uma resposta para seu comportamento e, mais do que isso, sua cura – que só viria por meio da descoberta de uma identidade própria. O enredo se passa na sociedade americana da década de 1920, que viu florescer o American Way of Life e a cultura de massa, permeada pelo sensacionalismo e pelo culto às celebridades, o que justifica o sucesso de Zelig na história.

    Diferente de todas as outras produções do cineasta, o filme é narrado em terceira pessoa, contando com entrevistas, fotos, filmes e manchetes de jornal para simular um documentário. Para dar um aspecto de realismo ao filme, o personagem é colocado, por meio de montagem, ao lado de figuras históricas reais, como Hitler, Charles Chaplin, o ex-presidente americano Woodrow Wilson, dentre outros. Além disso, as entrevistas têm a participação de pessoas reais, como o psicólogo Bruno Bettelheim e o escritor Saul Bellow.

    Allen usa a metáfora do “camaleão humano” para expor um comportamento comum na sociedade, onde as pessoas se adaptam para pertencer, além da dualidade inerente do ser humano entre o “ser” e o “parecer”. O filme dialoga com teorias da psicologia e da sociologia: em relação à primeira, ele traz o conceito de Gustav Le Bon sobre a “mesmerização” dos indivíduos, os quais, segundo o teórico, perdem seu raciocínio em meio à multidão e, consequentemente, misturam-se a ela assumindo o anonimato; além disso, ele aborda também as ideias de Sigmund Freud a respeito do instinto mimético do ser humano, estimulado pelo temor à solidão. Já em relação à sociologia, o diretor resgata a linha de pensamento da Escola de Frankfurt de acordo com as hipóteses de Adorno que, partindo da premissa de que os indivíduos se sentem “mal amados” em meio à multidão, apontou a frustração e a solidão como motivações para a imitação e o conformismo como forma de proteger-se psicologicamente. O filme dialoga, ainda com a teoria de “celebridade fetiche” do sociólogo, na qual ele afirma que se antes os indivíduos tornavam-se celebridades por suas realizações, agora eles o fazem por meio da exposição na mídia, não necessariamente por uma qualidade ou feito distinto.

    Por fim, como de praxe, não poderiam faltar as marcas registradas do cinema de Woody Allen: as situações românticas atrapalhadas – como seu envolvimento com Fletcher –, a crítica à mídia, à religião, ao nazismo e, acima de tudo, seu humor marcante. Ainda que siga a fórmula clássica de Allen, Zelig é mais um filme distinto em sua filmografia que vale cada minuto.

    Compartilhe Facebook Twitter WhatsApp Email
    Previous Article10 filmes incríveis que vão brincar com a sua imaginação
    Next Article Manhattan – 1979 (Resenha)
    Natália Lago Adams
    • Website
    • Facebook

    Uma bricolagem de livros, músicas, filmes, pessoas, lugares e mais um monte de coisas. Pseudo redatora. Não entende porque as pessoas escrevem autobiografias em terceira pessoa. Tampouco sabe fazer uma.

    Postagens Relacionadas

    Um breve estudo sobre Persona

    17 de dezembro de 2021

    A Ficção Científica nos EUA dos anos 1960

    20 de outubro de 2021

    Mulheres criadoras do cinema

    19 de fevereiro de 20211

    Laranja Mecânica – Uma análise semiótica

    11 de fevereiro de 20211

    Deixe um comentário Cancel Reply

    Conheça o cinema


    Canto dos Clássicos
    Facebook Instagram YouTube
    © 2023 Canto dos Clássicos | Todas as imagens aqui contidas são marcas registradas dos seus respectivos proprietários. Polítca de Privacidade.

    Clique acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc para cancelar.

    Sign In or Register

    Welcome Back!

    Login to your account below.

    Lost password?