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    Cinema

    Relíquia Macabra (O Falcão Maltês) – 1941 (Resenha)

    Luiz Eduardo LuzPor Luiz Eduardo Luz26 de setembro de 2016
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    O filme The Maltese Falcon, traduzido como “Relíquia Macabra (O Falcão Maltês)”, de 1941, é tido, atualmente, como um dos grandes filmes de Hollywood e um marco na estética da linguagem cinematográfica. O roteiro do filme foi baseado no romance homônimo do escritor Dashiell Hammett. Antes de ser escritor, ele trabalhava como detetive, profissão da qual teve de se afastar devido a problemas de saúde.

    Hammett não era fã de como a literatura e o cinema tratavam as histórias de detetives, pois não as mostravam como elas realmente eram: violentas, localizadas nas ruas e becos das cidades, e repletas de pessoas degradantes e amorais. Logo começou a escrever em revistas de pulp fiction, e em 1930, publicou O Falcão Maltês. O livro tornou-se um sucesso, e pavimentou o caminho para Hammett se tornar um dos escritores mais importantes de seu tempo.

    A Warner Bros. adquiriu os direitos do livro e fez dois filmes baseados na obra, um em 1931 e outro em 1936. Ambos foram fracassos, por parte de crítica e público. Porém, os produtores da Warner viam o tremendo potencial do romance, e resolveram tentar mais uma vez. Para isso, precisavam de um diretor ousado e um ator de peso.

    O escolhido para a direção foi John Huston, que era famoso por seus trabalhos como roteirista, mas que ainda buscava sucesso na cadeira de diretor (conta-se, inclusive, que ele fora indicado para o trabalho por Howard Hawks). Porém, o estúdio não conseguiu um astro de peso para o filme, e acabou decidindo por, ninguém mais, ninguém menos, que Humphrey Bogart, que até então, era um ator de segunda categoria que interpretava gângsters malvados. E assim estava pronta a parceria que daria vida ao roteiro escrito pelo próprio Huston.

    Em Relíquia Macabra, temos a história de Sam Spade, um detetive particular que possui um escritório de investigação com seu parceiro, Archie, em San Francisco. Um dia, eles recebem a visita de uma mulher pedindo seus serviços: quer que eles investiguem um amigo dela. Naquela noite, quando foi realizar o serviço, Archie foi assassinado. Meia hora depois, o amigo da mulher também foi, em outro lugar. Quem os matou? A mulher os enganou? Spade, então, inicia uma investigação para averiguar a morte de seu parceiro e salvar-se da polícia (que suspeitava da possibilidade dele estar envolvido). O detetive volta a falar com a mulher, chamada O’ Shaughnessy, e, ao mesmo tempo em que descobre os detalhes do caso, vai se apaixonando por ela.

    O roteiro de Huston tem como grande virtude a habilidade de sustentar a tensão da trama por cada minuto do filme, entregando pequenas pistas que fazem o espectador pensar que o caso está perto de ser resolvido, mas que sempre traz um novo ponto de virada. Durante o filme, descobrimos que O’ Shaughnessy está envolvida na busca por uma preciosa relíquia em formato de falcão, e que tal artefato é a chave para a solução do caso. Além de Spade e da mulher, três bandidos estão atrás do tesouro.

    Em conversa com um deles, o gordo Gutman (interpretado de forma hipnótica por Sydney Greenstreet), Sam descobre que o falcão é um artefato criado pelos Cavaleiros Templários de Malta como forma de homenagear o rei Carlos V, da Espanha, durante as Cruzadas – e que seu valor é inestimável. A investigação irá colocar todos os personagens – Spade, O’ Shaughnessy, Gutman e os outros dois bandidos – cara a cara na conclusão do filme, em uma longa e primorosa cena, na qual os diálogos rápidos e ácidos revelarão não apenas segredos e mentiras, mas a própria natureza de cada um deles.

    Na terceira tentativa, o romance de Hammett conseguiu uma adaptação digna de sua grandeza. O Falcão Maltês trouxe ao cinema, enfim, o mundo sórdido dos detetives. Um mundo noturno, esfumaçado, perigoso e sombrio, onde não existem mocinhos e vilões. Há apenas personagens ambíguos moralmente, cuja ganância e interesses pessoais prevalecem acima de tudo. A busca pelo falcão simboliza o poder que os bens materiais e o dinheiro exercem sobre as pessoas, alterando brutalmente suas vidas e personalidades.

    O filme acabou moldando o estilo do gênero de filmes noir, e todos que vieram depois levaram consigo um pouco dele: a onipresença do protagonista no roteiro (Spade não aparece em apenas uma cena da obra), a fotografia em preto e branco realçada por fortes jogos de luz e sombra, a influência do movimento expressionista alemão, os enquadramentos clássicos por trás do ombro do ator, o grande uso de câmeras baixas e, principalmente, o clima pessimista e pesado da história.

    Acabaram os detetives heroicos e galãs de outrora. O modelo, agora, era o criado pela interpretação de Bogart, que ali iniciava sua trajetória para se tornar um dos maiores astros que o mundo já viu. Iniciava, também, a grandiosa trajetória de John Huston como diretor, que ainda viria a render grandes obras-primas. O par ator/diretor conseguiu realizar, em Relíquia Macabra, o que o diretor Peter Bogdanovich descreveu como “o primeiro grande filme de detetive”. Se Dashiell Hammett foi o pai da literatura noir, pode-se muito bem dizer que Huston foi o pai do cinema noir.

    Texto enviado pelo leitor Luiz Eduardo Luz.

    8.4 Muito bom

    Um marco cinematográfico. Relíquia Macabra (O Falcão Maltês) definiu as diretrizes do gênero noir e lançou ao estrelato a carreira de grandes artistas como Humphrey Bogart e John Huston.

    • IMDb 8.1
    • Roteiro 9
    • Elenco 8.5
    • Fotografia 8.5
    • Trilha Sonora 8
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    Luiz Eduardo Luz
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    Publicitário, amante da sétima arte e colecionador de filmes, escreve sobre cinema para o Canto Dos Clássicos. Frase preferida do cinema: “Tudo bem, Sr. DeMille, estou pronta para o meu close-up.” – Crepúsculo dos Deuses.

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