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    Cinema

    Encurralado – 1971 (Resenha)

    Luiz Eduardo LuzPor Luiz Eduardo Luz9 de junho de 20182 Comentários
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    Encurralado 1971
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    Antes de mudar para sempre a história de Hollywood e definir o modelo de Blockbuster contemporâneo com a obra-prima Tubarão (Jaws, 1975), o cineasta Steven Spielberg teve de fazer seu nome na indústria para ter a oportunidade de realizar filmes ambiciosos, como o já citado, Indiana Jones e ET, por exemplo. Ainda como um aspirante a cineasta, Spielberg já tinha produzido alguns curtas-metragens e filmes amadores, mas foi somente em 1971 que ele deu início ao que viria a se tornar uma das maiores carreiras da história do cinema.

    Neste ano, o diretor realizou o filme Encurralado (Duel, 1971), originalmente encomendado apenas para a televisão, mas que, após recepção positiva, pôde ser exibido em algumas salas de cinema ao redor dos Estados Unidos. Inicialmente, o filme aparenta ser bizarro. A história é simples: durante uma viagem de carro na estrada, David Mann (Dennis Weaver) ultrapassa um caminhão que está o atrasando. Depois disso, o motorista do caminhão passa a demonstrar um comportamento muito estranho. Constantemente, ele ultrapassa David e, em seguida, volta a andar devagar. Após uma parada para abastecer, David volta à estrada.

    A partir desse momento, o caminhão começa a pressioná-lo em alta velocidade. 120, 130, 150 quilômetros por hora. David, assustado, tenta manter essa velocidade para se distanciar do caminhão. Porém, seu carro não é tão potente, e o caminhão possui um motor muito forte. Após algumas trombadas em seu para-choque traseiro, David perde o controle do carro e acaba fora da estrada. E é assim, nesse estranho jogo de gato e rato, que Encurralado se sustenta. Não é possível afirmar com absoluta certeza, mas é difícil imaginar que George Miller não tenha assistido ao filme de Spielberg e tenha sido influenciado por ele para criar Mad Max. As movimentações de câmera, que acompanham a perseguição entre o carro e o caminhão de forma alucinante, são bastante sofisticadas. A excelente edição de Frank Morris dá ao filme o ritmo emocional de seus personagens. Cortes rápidos e numerosos constantemente nos colocam no lugar de David, mostrando a estrada livre à frente e o perturbado caminhão em seu encalço.

    Spielberg não faz o terror surgir de graça. Ele o conquista, paulatinamente. A cada tentativa mais radical do caminhão em matar David, mais sufocante a trilha sonora se torna, e mais tenso e assustado o espectador fica. Analisando friamente, este filme foi um grande laboratório do que seria visto em Tubarão. Um homem comum lutando contra uma força maior e mais forte, em um clima tenso de perseguição e paranoia. O próprio diretor afirmou que, ao receber a proposta para realizar Jaws, ficou tentado pela evidente conexão de temas que o projeto tinha com Encurralado. E foi mais além: falou que, se não fosse por Encurralado, ele jamais teria feito Tubarão.

    Mesmo em seu início de carreira, Spielberg já demonstrava virtudes que o acompanhariam por toda a carreira, como a primazia técnica de suas sequências e a habilidade incrível de contar histórias de pessoas comuns em circunstâncias extraordinárias. Em uma entrevista sobre o absurdo e falta de sentido na icônica cena da perseguição de um avião a Cary Grant em Intriga Internacional, Hitchcock disse que o que importa, em um filme, é o entretenimento e a diversão de quem assiste, não importando a verossimilhança. Se funciona na tela, é bom. E é esse o espírito que Steven Spielberg traz em Encurralado. É estranho um caminhão assassino (cujo motorista nunca é mostrado) perseguir, sem motivo algum, um pobre homem no meio da estrada? Sim, é. Mas é divertido, emocionante e assustador. E isso funciona.

    7.9 Muito Bom

    Em seu filme de estreia, o jovem Steven Spielberg realizou um suspense original e sufocante. Encurralado foi o ponto de partida de sua brilhante carreira.

    • IMDb 7.7
    • Roteiro 7.5
    • Elenco 8
    • Fotografia 8
    • Trilha Sonora 8.5
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    Luiz Eduardo Luz
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    Publicitário, amante da sétima arte e colecionador de filmes, escreve sobre cinema para o Canto Dos Clássicos. Frase preferida do cinema: “Tudo bem, Sr. DeMille, estou pronta para o meu close-up.” – Crepúsculo dos Deuses.

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    2 Comentários

    1. Eduardo pedra silva on 10 de agosto de 2019 17:18

      ¨É estranho um caminhão assassino (cujo motorista nunca é mostrado) perseguir, sem motivo algum, um pobre homem no meio da estrada?¨ Não acho estranho! Na minha opinião, o motorista do caminhão era um psicopata, e eles(os psicopatas) fazem qualquer coisa que até Deus duvida, até mesmo persequir um indefeso cidadão na estrada!!!

      Reply
      • Juliana on 1 de maio de 2020 09:24

        Durante a perseguição são mostradas placas de carro de várias localidades na frente do caminhão. É mostrada a placa do carro do protagonista também. Eu concluí que o perseguidor é um colecionador de placas e mortes.

        Reply

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