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    Início»Cinema»Assalto à 13ª DP – 1976 (Resenha)
    Cinema

    Assalto à 13ª DP – 1976 (Resenha)

    Guilherme Dias AraujoPor Guilherme Dias Araujo11 de novembro de 2016
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    Também lançado no Brasil em VHS com o título Trovão das Ruas, Assalto a 13ª DP é o filme que firmou o talento de John Carpenter após a estreia promissora com Dark Star.

    Com carta branca de Irwin Yablans, produtor independente, Carpenter tinha a liberdade de criar o filme que quisesse, contando que fosse de baixo orçamento. Grande fã de Howard Hawks e seu clássico Onde Começa o Inferno/Rio Bravo, Carpenter tinha o desejo de realizar um western que homenageasse suas inspirações, porém não teria o dinheiro suficiente para realizar um filme de época (o orçamento disposto era de apenas US$ 150.000,00). Contornando a situação, o diretor resolveu modernizar a história de sítio clássico de faroeste para um filme de suspense baseado em violência urbana que traria o clima quase documental da era da “Nova Hollywood” vigente na época.

    O filme segue, inicialmente, três núcleos diferentes: um grupo de criminosos de gang liderados pelo personagem de Frank Doubleday, buscando vingança pela morte de alguns companheiros por policiais; o policial Ethan Bishop (Austin Stoker, excelente) responsável por tomar conta de uma delegacia prestes a fechar as portas; e um transporte do infame Napoleon Wilson (Darwin Joston, com um tom de cinismo divertido) de uma penitenciária para o corredor da morte, onde será executado. Com o decorrer dos eventos, todos se encontrarão na delegacia em uma situação de sítio pela gang de criminosos, dispostos a matar todos no local.

    Dirigido com um senso de urgência crescente, Assalto à 13ª DP se beneficia muito de sua ambientação.  Carpenter utiliza uma fotografia crua, principalmente nas cenas diurnas, que traz fidedignamente a sensação de calor e secura daquele ambiente, lembrando o trabalho realizado em O Massacre da Serra Elétrica (1974). Assim como a fotografia, a exploração dos ambientes ao redor da delegacia (cheio de terrenos baldios empoeirados) e a boa utilização dos pontos de escuridão (com exploração de silhuetas e sombras) criam um clima de desolação essencial para o sucesso do filme.

    Ciente que a situação em que se encontram os personagens do filme poderia render excelentes momentos de terror, Carpenter, sabiamente, trata seus vilões como seres completamente desumanizados. A decisão de não mostrá-los conversando entre si (com exceção de uma breve cena do início do filme) e com posturas impassíveis que se tornam quase sobrenaturais na obstinação de invadir a delegacia, é extremamente acertada em trazer a sensação de temor que o espectador sente pelos heróis. A inspiração para tal, segundo o diretor, vem do trabalho seminal de George A Romero em A Noite dos Mortos Vivos.

    Como os westerns eram as influências essenciais do diretor, é possível perceber várias homenagens criadas por Carpenter. A ideia de um criminoso se juntar a um “Homem da Lei” para se defenderem é bem conhecida no gênero (Galante e Sanguinário), bem como, o personagem Napoleon Wilson funciona como uma homenagem ao personagem Harmonica de Era Uma Vez no Oeste. Além disso, a montagem dos tiroteios e edição de som referenciam as cenas similares dos westerns furiosos de Sam Peckinpah.

    O roteiro do filme, de autoria do próprio Carpenter, apresenta um bom timming na intercalação dos três diferentes núcleos durante o primeiro ato do filme. O cineasta se preocupou em dar espaço suficiente para caracterização e desenvolvimento de cada personagem principal (principalmente o Tenente Bishop, Napoleon Wilson e a secretária Leigh), tornando mais interessante, e lógica, suas ações e intenções durante o sítio na delegacia. Também deve-se dar atenção ao fato de que Carpenter já começa aqui sua fixação pelo tema do personagem errante, muitas vezes “sujo”, que se torna herói em uma situação de desespero. O ápice dessa ideia seria com Snake Plissken em Fuga de Nova York.

    Memorável por ter sido um dos primeiros filmes a ter cenas gráficas de violência gráfica envolvendo crianças (talvez inspirado pelo trabalho de Alfred Hitchcock em Sabotagem), Assalto a 13ª DP também se beneficia por ter uma das trilhas sonoras mais climáticas do diretor. Destilando uma atmosfera de violência iminente com um misto de empolgação (!), o tema principal do filme, segundo Carpenter, é uma mistura de “Immigrant Song” do Led Zeppelin com a trilha sonora de Perseguidor Implacável composta por Lalo Schifrin.

    Apesar de ter sido laureado pela crítica especializada na época, Assalto a 13ª DP não foi bem recebido pelo público em sua terra natal. Em contrapartida, foi um enorme sucesso pelo público britânico. Com o passar do tempo, foi ganhando o status de cult. Foi nomeado ao Hugo de Ouro de melhor filme no Chicago International Film Festival em 1978

    O filme ganhou uma refilmagem em 2005 pelo diretor francês Jean-François Richet e roteirizada por James DeMonaco (o criador da franquia Uma Noite de Crime). Bem avaliado pela crítica especializada, e competente como filme de ação, o filme trouxe boas atuações de atores como Ethan Hawke, Laurence Fishburne, John Leguizamo, Maria Bello e Gabriel Byrne. Porém, não trouxe nada da intensidade transgressão que deixou o original tão marcante.

    Assalto a 13ª DP é, não só um filme que demonstra o grande talento de John Carpenter como cineasta, como também um importante clássico independente da “Nova Hollywood” que serve de influência até hoje.

    Leia também:

    – Revisitando a filmografia de John Carpenter

    8.5 Muito bom

    Clássico sobre violência urbana e simbólico representante da “Nova Hollywood” instaurada no fim dos anos 60, Assalto à 13ª DP é a homenagem de John Carpenter a seu caro Onde Começa o Inferno/Rio Bravo. Um thriller independente de impacto visceral, graças à força narrativa do diretor.

    • IMDb 7.4
    • Roteiro 8.5
    • Elenco 8
    • Fotografia 9.5
    • Trilha Sonora 9
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    Guilherme Dias Araujo
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    Mineiro, nerd e amante de cinema desde a infância. Apesar de ter maior predileção pelo gênero fantástico, principalmente o terror, é fascinado por qualquer tipo de obra da sétima arte, de Plano 9 do Espaço Sideral até 2001 - Uma Odisseia no Espaço . Hitchcock/Truffaut é seu livro de cabeceira.

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