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    Cinema

    Uma análise estética do filme Persona, de Ingmar Bergman

    Lucas Pilatti MirandaPor Lucas Pilatti Miranda30 de abril de 2016
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    Esse texto não é uma resenha propriamente dita sobre o filme Persona, e sim uma análise de sua estética, se quiser saber mais sobre a história dessa incrível obra de Bergman, leia a nossa resenha.

    As cenas que antecedem os créditos iniciais do filme Persona (1966) dirigido pelo sueco Ingmar Bergman lembram bastante o que aconteceu lá nos anos 20, no experimentalismo das vanguardas – como no surrealismo por exemplo – com uma sucessão de imagens desconexas. O mais interessante é a forma como Bergman nos apresenta uma ovelha sendo morta, a mão de jesus sendo crucificada e um pênis ereto. Algumas dessas cenas duram poucos segundos e nos deixam bastante confusos, como o que acontece no curta Un Chien Andalou (Um Cão Andaluz) de Luis Buñuel.

    Platão, interpretaria isso como um simples “nada”, afinal, para o filósofo nada que não seja real é válido, como no quadro de Van Gogh – Quarto em Arles – aquela cama não representa nada, é apenas um simulacro do real, portanto, qualquer tipo de artista deveria ser “banido” da cidade ideal, como está escrito no livro “A República”.

    Voltando ao filme, Bergman nos apresenta um garoto (Jörgen Lindström) que acaba de acordar, ele se depara com uma tela no meio do nada que mostra um rosto feminino em desfoque, ele toca esse rosto que parece se transformar em outro com o passar dos segundos. Isso pode ser entendido como um espectador assistindo a um filme como Persona, uma obra de arte que toca e merece ser tocada, uma simples questão de interatividade, ou até mesmo, a busca de respostas sobre as duas mulheres do filme. Essa cena volta ao final do longa gerando uma linguagem cíclica ao espetáculo. Aqui está uma manifestação clara de Aristóteles, afinal, para o aluno de Platão, a arte tem sim lugar em uma civilização, uma vez que com ela, podemos pensar e refletir sobre o mundo, mesmo sendo uma cópia do real.

    No livro “O Banquete”, o já citado Platão define o amor como a junção de duas partes que se completam, ou seja, duas metades que juntas viram um único ser. Esse ser, que por sua vez só existe no mundo platônico, forma um conceito de belo. Sendo assim, o homem não tem a responsabilidade de julgar o que é belo ou não. O belo, então, é a perfeição. Em Persona, temos ao final da obra, uma cena completamente importante para o filme, assim como para a história do cinema. Nela, há um monólogo de Alma sobre o filho de Elizabet (protagonistas do filme), essa cena é mostrada duas vezes, uma em seguida da outra e, na primeira vez mostra a face inquieta de Elizabet e na segunda o foco é em cima de Alma, finalizando com o rosto das duas personagens fundidos em um só. Será que aqui existe amor? O que Bergman quis mostrar com essa conexão? Durante o filme conseguimos perceber que uma completa a outra, Alma fala demais, Elizabet quase não pronuncia uma palavra, por exemplo.

    A análise estética de Persona, se baseia nas ideias de Aristóteles, pois é ele quem acredita que a beleza de uma obra de arte pode ser atribuída pelos critérios técnicos, como a simetria, por exemplo. Sem mudar o foco, vale lembrar, também, que não é só a beleza propriamente dita que segue o caminho para o belo, mas também o feio, o grotesco e o monstruoso. Existe outra cena marcante do filme, onde Elizabet surge por trás de uma cortina, e sugere um ar fantasmagórico e fantasioso, mas que, para Aristóteles, é algo que vai em direção ao belo.

    A escolha de Bergman pelas duas personagens Liv Ullmann (Elizabet Vogler) e Bibi Andersson (Alma) já é um grande acerto estético, isso se mostra evidente na cena mostrada abaixo, onde o rosto das duas personagens se juntam em uma única pessoa, uma simetria quase perfeita para Aristóteles, mas longe da perfeição para Platão (onde o conceito de perfeição vem pré-concebido do mundo das ideias).

    estetica persona bergmanPor fim (e talvez aqui Platão concordasse), é mostrado uma película de filme se desgastando e estragando, para, talvez, nos lembrar que aquilo ali não existe, é apenas um filme, uma obra de arte. Aqui, existe mais um acerto cinematografico na minha opinião, pois fica claro o poder do cinema de nos transportar para um mundo totalmente diferente do nosso e quando menos esperamos, acaba.

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    Lucas Pilatti Miranda
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    Criador do Canto dos Clássicos, fascinado por música, cinema e uma boa cerveja. "A vida passa rápido demais, se você não parar e olhar para ela de vez em quando, pode acabar perdendo." - Ferris Bueller's Day Off.

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