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    Cinema

    Gosto de Sangue – 1984 (Resenha)

    Luiz Eduardo LuzPor Luiz Eduardo Luz12 de dezembro de 2016
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    Há mais de trinta anos, os irmãos Joel e Ethan Coen vêm realizando filmes que são considerados “diferentes” do padrão hollywoodiano. Seja por seus personagens não unilaterais, por seu humor negro e muitas vezes cínico, ou pela estrutura anormal de seus roteiros, em que nada é garantido e tudo pode acontecer, não importa qual for o caráter ou a história dos envolvidos.

    Atualmente, a dupla já possui uma das filmografias mais importantes das últimas décadas, dotada de clássicos como Barton Fink, Fargo e Onde Os Fracos Não Têm Vez, e é fácil traçar um panorama estético de suas carreiras. Porém, é possível ver o embrião de todas as características marcantes de seus filmes em sua obra de estreia, Gosto de Sangue (Blood Simple), de 1984. Os irmãos produziram, escreveram, dirigiram e editaram o filme em conjunto, embora os créditos deem o cargo de diretor somente a Joel e o de produtor a Ethan (o que mudaria em 2004, com Matadores de Velhinhas, no qual ambos dividiram os créditos por ambas as funções, o que se manteria por todos seus filmes subsequentes).

    O filme começa com tomadas de belas paisagens do estado do Texas, nos EUA, acompanhadas da narração do detetive particular Visser (M. Emmet Walsh), que diz que, não importa quem você seja, nada é certo na vida, e que algo sempre pode dar errado. Assim, logo na primeira fala de sua filmografia, os Coen apresentam um de seus temas fundamentais: o acaso.

    A próxima cena mostra um homem e uma mulher dentro de um carro, seguindo por uma estrada. Ambos estão de costas, o que nos passa a sensação de que estão fazendo algo de errado. Logo se percebe que a mulher, Abby (Frances McDormand, esposa de Joel na vida real) está fugindo de seu marido com a ajuda de um dos empregados dele. Por acaso, Abby pediu ajuda justamente ao funcionário que nutria sentimentos por ela, Ray (John Getz). Os dois têm uma noite de amor em um motel qualquer à beira da estrada, mas, sem saberem, foram fotografados diversas vezes por Visser.

    Anteriormente, no carro, Abby contou a Ray que não reconhecia mais seu marido, Marty (Dan Hedaya), e que tinha medo de algumas de suas atitudes, como o fato de ele tê-la presenteado com um revólver recentemente. O detetive fora contratado por Marty, que há muito tempo já desconfiava de que sua mulher estava o traindo. Com raiva, o marido liga para Ray, acabando por revelar que sabe a verdade. O funcionário vai até o bar em que trabalha e pede demissão, além de cobrar o que seu chefe o deve. Marty não só não paga Ray e o expulsa do bar, como, no dia seguinte, oferece a Visser uma boa quantia de dinheiro para que ele matasse sua mulher e o amante.

    Assim se inicia a série de reviravoltas e detalhes que irão decidir o destino dos quatro personagens. Todos possuem uma moral duvidosa, e todos têm seus próprios planos. Com simplicidade, a violência e o humor negro do roteiro (este se deve em grande parte à atuação sublime de Walsh) interligam todas as sub-tramas do filme, que são, em sua maioria, geradas pelo acaso. Seja pela inscrição no isqueiro do detetive, ou pelo material com o qual é feito o cabo do revólver de Abby, cada detalhe importa em Gosto de Sangue. E são esses detalhes que acabarão por decidir quem viverá e quem morrerá.

    A fotografia de Barry Sonnenfeld e a trilha sonora de Carter Burwell contribuem para a formação de uma atmosfera neo-noir para o filme, que contém diversos traços característicos do gênero, como o pessimismo, os personagens ambíguos e imorais, o uso de sombras e movimentos de câmeras com propriedades narrativas (mesmo que o filme não seja no tradicional preto e branco do noir), e, é claro, um bom suspense que prende o espectador.

    Definido pelo crítico Bruce Williamson como a junção da habilidade técnica dos filmes de Steven Spielberg com a malícia do mestre Alfred Hitchcock, Gosto de Sangue foi uma estreia de peso para a dupla Joel e Ethan Coen, que conseguiram realizar um filme extremamente tenso e envolvente, mas ao mesmo tempo simples e bem-humorado, recheado de violência e personagens memoráveis, como o inesquecível detetive Visser. Além disso, o sucesso de crítica e público do filme deu aos jovens cineastas a certeza de que seu estilo narrativo e estético, bem como a abordagem não usual com a qual trabalham aspectos cotidianos da vida das pessoas, poderiam ser mantidos e reproduzidos ao longo de suas carreiras.

    8.0 Muito bom

    O primeiro filme dos irmãos Coen é uma experiência imperdível para qualquer cinéfilo que aprecie um bom suspense dotado de violência e humor, e já traz diversos aspectos que são clássicos de seus filmes.

    • IMDb 7.7
    • Roteiro 8
    • Elenco 8.5
    • Fotografia 8
    • Trilha Sonora 8
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    Luiz Eduardo Luz
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    Publicitário, amante da sétima arte e colecionador de filmes, escreve sobre cinema para o Canto Dos Clássicos. Frase preferida do cinema: “Tudo bem, Sr. DeMille, estou pronta para o meu close-up.” – Crepúsculo dos Deuses.

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