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    Cinema

    Cidade dos Sonhos – 2001 (Resenha)

    Lucas Pilatti MirandaPor Lucas Pilatti Miranda27 de janeiro de 20163 Comentários
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    Cidade dos Sonhos… Que filme é esse? Ame-o ou odeie-o é a frase mais coerente para retratar essa obra de David Lynch lançada em 2001. Bom, não sei vocês, mas eu fico com a primeira parte, sim, eu achei um dos melhores filmes que já assisti em toda a minha vida e não, não foram poucos.

    Cidade dos Sonhos ou no título original Mulholland Drive é uma das obras primas de David Lynch, acredito que muitos de vocês concordam com isso (aos que já assistiram). A finalidade desse post não é destrinchar o filme em todos os pedaços e fazer com que vocês entendam ele (isso já tem demais na internet), mas provavelmente irão achar alguns spoilers no meio, sendo assim, se ainda não assistiu, clique aqui.

    Por que eu gosto de David Lynch? Porque ele é um dos maiores (se não o maior) diretor surrealista “pop”. Tudo aquilo que ele aprendeu com Luis Buñuel e outros mestres do gênero, ele conseguiu trazer para a atualidade sem perder o que o surrealismo tem de melhor: simbolismos, labirintos, metáforas e onirismo.

    Vamos ao filme… mais uma vez, os brasileiros conseguiram estragar o nome, afinal, “Cidade dos Sonhos” já é um dos grandes spoilers de Mulholland Drive que tem como princípio básico contar a seguinte história: Betty (Naomi Watts), chega do Canadá para se tornar atriz. Ela cruza com Rita (Laura Harring), que acaba de sofrer um acidente e sequer se lembra do seu próprio nome. Betty, mesmo sem conhecer a moça, se prontifica a ajudá-la. Em outra parte de Los Angeles, o diretor de cinema Adam Kesher está sendo convencido por dois estranhos irmãos a contratar uma atriz específica para seu filme.

    Falando assim, parece um filme totalmente normal, com início, meio e fim. Acontece que logo você percebe que nada está mais fazendo tanto sentido, e é aqui que o título “Cidade dos Sonhos” começa a ter lógica: a cada novo personagem, um novo sonho de Betty. Você já viu alguma obra do Escher? Esse longa do Lynch me fez lembrar muito “Relativity”, quando você começa a entender, vem algo e quebra a sua linha de raciocínio.

    Bom, o roteiro e a direção do filme estão realmente impecável. David Lynch consegue nos conduzir a cada cena com os seus movimentos de câmera em primeira pessoa. Os diálogos – que são relativamente poucos – são essenciais para o desenvolver da trama. A sequência dos sonhos e a volta para a realidade é algo perfeitamente bem construído e consegue fazer aquilo que a obra de Escher faz: te dar uma esperança da possibilidade de entendimento, até chegar outra cena e cortar totalmente as suas pernas.

    Tudo isso sem falar da belíssima atuação de ambas as protagonistas. Naomi Watts e Laura Harring dão uma aula de interpretação do início ao final do filme, sem contar as maravilhosas cenas em frente aos espelhos que são fundamentais para a compreensão da construção do “outro eu” dentro da narrativa do filme.

    As referências

    A título de curiosidade, Sunset Blvd. ou Crepúsculo dos Deuses (1950) é um dos filmes preferidos de David Lynch, o filme mostra um pouco sobre um sonho despedaçado no mundo hollywoodiano. Aqui em Cidade dos Sonhos, nós também vemos algo parecido com isso ao final do longa, sem contar que a câmera nos mostra em certo momento um close na placa da rua de Los Angeles chamada “Sunset Boulevard”.

    Os simbolismos

    Como eu já disse, o surrealismo tem como principais características as simbologias e metáforas. Nesse filme isso é um dos principais e mais geniais ingredientes. Logo no início, uma cena estranha e confusa: muitos pares estão dançando e ao fundo, uma cor roxa totalmente sólida. O roxo simboliza o mistério. É isso que abre as portas para o mundo de Cidade dos Sonhos.

    Cada personagem do filme, por exemplo, poderia ser interpretado como os próprios sentimentos de Betty, veja: Dan (Patrick Fischler), aquele rapaz que não parece ter significância para o filme, seria uma personificação da própria Betty, visto que o personagem dele diz ter tido dois sonhos idênticos que lhe deram muito medo.

    Outro exemplo, pode ser Louise (Lee Grant), o subconsciente da futura atriz avisando que não era real, que as coisas não eram como pareciam ser, e que algo de ruim estava para acontecer.

    Aquele homem estranho, que fica atrás da parede perto da lanchonete simboliza o horror e o caos que está presente em toda a história. Sem contar que ele segura o “portal” para a realidade (aquela caixa azul que quando Rita abre, a câmera nos suga para dentro). Uma evidência disso é que quando ela abre a caixa, Betty havia sumido DO NADA, ou seja, estaria ela acordando?


    Isso tudo não resume nem a metade da genialidade dessa obra. Provavelmente, o filme vai fazer parte do meu TOP 10 por um longo tempo. Muitos podem achar o filme chato, entediante e sem sentido, já eu prefiro entender como um desafio: assista e entenda se for capaz. Valeu, Lynch, por mais esse filme instigante.

    E você, o que achou do longa? Deixe aqui nos comentários e vamos discutir junto sobre esse quebra-cabeça inigualável que é Cidade dos Sonhos.

    https://www.youtube.com/watch?v=JVlhkLddrHI

    8.6 Ótimo

    Um filme que mostra que cinema não é sempre a mesma coisa com início, meio e fim. Uma das grandes obras primas de David Lynch. Surrealismo, simbologias e metáforas completam o espetáculo.

    • IMDb 8
    • Roteiro 10
    • Elenco 9
    • Fotografia 8
    • Trilha sonora 8
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    Criador do Canto dos Clássicos, fascinado por música, cinema e uma boa cerveja. "A vida passa rápido demais, se você não parar e olhar para ela de vez em quando, pode acabar perdendo." - Ferris Bueller's Day Off.

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    3 Comentários

    1. Marcelo Castro Moraes on 29 de janeiro de 2016 09:08

      É o meu segundo filme preferido de todos os tempos, perdendo apenas para Blade Runner. Visite o meu blog de cinema: http://cinemacemanosluz.blogspot.com.br

      Reply
    2. adriane on 5 de novembro de 2016 18:06

      eu achei no começo o filme estranho mas depois de assistir pela segunda vez, vi que tudo que parecia não fazer sentido na verdade fazia todo o sentido do mundo, a trama, as atrizes….deram um show.
      perfeito! com certeza está na minha listas de melhores filmes.

      Reply
    3. Luciene on 26 de novembro de 2019 15:16

      Um dos mais brilhantes filmes que já assisti na vida. Perfeito em todos os sentidos. Até hoje assisto, pelo menos, uma vez por ano, exatamente para ter um novo entendimento sobre o filme.
      Está no topo da minha lista de filmes do gênero.

      Reply

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