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    Cinema

    Persona – 1966 (Resenha)

    Lucas Pilatti MirandaPor Lucas Pilatti Miranda25 de junho de 2015
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    Que choque foi assistir a esse filme. Superou expectativas e se tornou um dos 10 mais da minha lista. Ingmar Bergman, já consolidado como diretor, fez em Persona uma de suas mais célebres e conceituais obras para o cinema. A questão do ser ou não ser, a dupla personalidade, a esquizofrenia, o surrealismo e mais uma série de elementos são retratados de uma forma tão incrível nesse filme que ao final, dá vontade de dar o play novamente.

    Vou fazer o óbvio e começar pelo começo. As cenas que antecedem os créditos iniciais do filme lembram bastante o que aconteceu lá nos anos 20, no experimentalismo das vanguardas – como no surrealismo por exemplo – com uma sucessão de imagens desconexas. O mais interessante é a forma como Bergman nos apresenta uma ovelha sendo morta, a mão de jesus sendo crucificada e um pênis ereto. Algumas dessas cenas duram poucos segundos e nos deixam bastante confusos. Quem já assistiu Un Chien Andalou (Um cão Andaluz) de Luis Buñuel vai entender um pouco melhor.

    Ainda antes de começar a história de Persona, Bergman nos apresenta um garoto (Jörgen Lindström) que acaba de acordar, ele se depara com uma tela no meio do nada que mostra um rosto feminino em desfoque, ele toca esse rosto que parece se transformar em outro com o passar dos segundos. Isso pode ser entendido como um espectador assistindo a um filme como Persona, uma obra de arte que toca e merece ser tocada, uma simples questão de interatividade, ou até mesmo, a busca de respostas sobre as duas mulheres do filme. Essa cena volta ao final do longa gerando uma linguagem cíclica ao espetáculo.

    Após toda essa retomada ao cinema primitivo, o filme começa pra valer. Persona conta a história de Elizabet Vogler (Liv Ullmann) uma atriz que resolve parar de falar repentinamente após uma apresentação da tragédia de Sófocles quando interpreta Electra. Em seus exames, nenhuma explicação física ou neurológica é encontrada para essa súbita crise. Internada em um hospital, ela é posta sob os cuidados de uma jovem enfermeira chamada Alma (Bibi Andersson).

    A médica de Elizabet sugere que, junto com Alma, ela passe uma temporada em sua casa de praia. Isoladas do resto do mundo, as duas mulheres vão se tornando cada vez mais próximas. O diálogo criado para as cenas seguintes são fundamentais para a trama ao mesmo tempo que é exposto o contraste das duas personagens. Mesmo diferentes, uma parece ser o complemento da outra, um exemplo evidente disso é o exagero das falas de Alma que não para um segundo se quer e, após beber uns drinks, acaba contando um grande segredo de sua vida.

    Esse segredo se tornou um símbolo sexual do cinema, uma cena que sem ilustrar a orgia que Alma conta ter tido, consegue ter um impacto tão grande em consequência do belo diálogo criado por Bergman, que não precisou mostrar nenhum flashback para retratar o momento em que a enfermeira engravidou – e consequentemente, abortou. Logo em seguida, temos outra cena marcante desse filme que é as duas personagens na frente do espelho, trocando carícias e simbolizando uma única pessoa dentro da belíssima fotografia de Sven Nykvist.

    Após ter se acostumado e adquirido uma intimidade com Elizabet, Alma descobre que a atriz está apenas estudando a enfermeira por prazer e fica extremamente confusa e irritada. Daí em diante é pura catarse até chegar no ápice do filme, o monólogo de Alma sobre o filho de Elizabet que é repetido uma vez após a outra. A primeira, mostrando a face inquieta de Elizabet e na segunda com o foco em cima de Alma, finalizando com o rosto das duas personagens fundidos em um só. Daí a escolha fantástica do diretor para o elenco, os dois rostos simetricamente parecidos.

    Para finalizar, o filme propõe uma reflexão bastante presente em nossas vidas, sobre os diferentes caminhos a serem seguidos e até mesmo, aquilo que somos parecemos ou queremos ser. Uma vez que Elizabet e Alma são postas vezes uma no lugar da outra, vezes são colocadas como uma só pessoa e é esse contraste que encanta e faz pensar. Não vejo a hora de rever esse filme.

    9.2 Genial

    Um filme genial desde as suas cenas inicias até o seu final cíclico. Um feito importantíssimo para a sétima arte. Atuações incríveis, fotografia tão boa quanto e um roteiro impecável formam um dos melhores filmes de todos os tempos.

    • IMDb 8.2
    • Roteiro 10
    • Elenco 10
    • Fotografia 10
    • Trilha sonora 8
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    Criador do Canto dos Clássicos, fascinado por música, cinema e uma boa cerveja. "A vida passa rápido demais, se você não parar e olhar para ela de vez em quando, pode acabar perdendo." - Ferris Bueller's Day Off.

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