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    Cinema

    O Rei da Comédia – 1982 (Resenha)

    Luiz Eduardo LuzPor Luiz Eduardo Luz16 de agosto de 2017
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    Quando realizou O Rei da Comédia (The King Of Comedy, 1983), o lendário cineasta Martin Scorsese já havia passado por muita coisa em sua vida pessoal e profissional. Em pouco mais de uma década, consolidou-se como um dos expoentes da Nova Hollywood e uma das vozes mais fortes na mudança de paradigma que ocorreu na indústria no início dos anos 70, principalmente no que se refere ao tratamento de temas como violência e sexo, anteriormente tratados como tabus.

    Depois de dirigir o aclamado Taxi Driver (Idem) em 1976, o jovem nova-iorquino, nascido e criado em uma fervorosa família de imigrantes italianos católicos, acabou sucumbindo ao alcoolismo. Durante os anos seguintes, mesmo continuando a produzir, ameaçou parar de trabalhar várias vezes. Em 1980, seu grande amigo Robert De Niro levou o projeto de Touro Indomável (Raging Bull, 1980) para sua análise. Scorsese concordou em dirigir o filme, e, por muitas vezes, disse que seria seu último. O sucesso do filme levou o artista a largar a bebida e voltar de vez ao mundo do cinema.

    Três anos depois, a dupla se reuniria outra vez em O Rei da Comédia. O filme mostra um Scorsese especialmente tranquilo e descompromissado, em uma divertida e provocante análise sobre o mundo do show business – e seu lado obscuro. De Niro interpreta Rupert Pupkin, um comediante fracassado e totalmente obcecado por seu ídolo, Jerry Langford, interpretado pelo icônico gênio da comédia Jerry Lewis. Pupkin imita Langford no modo de vestir, no jeito de andar e até no estilo que em faz suas piadas. Numa noite, Pupkin dá um jeito de entrar na limusine do astro para lhe pedir ajuda com a carreira.

    Depois desse acontecimento, Scorsese estabelece um jogo narrativo com o espectador. Alternando sequências em que Pupkin é apadrinhado e ajudado por Langford com outras em que o jovem é constantemente ignorado e evitado pelo ídolo, o diretor nunca nos dá certeza do que é real e do que é sonho, do que é o que realmente está acontecendo ou do que é sonhado pelo problemático Pupkin. Depois da alternância entre os dois tipos de narrativa, Scorsese, sabendo que tem o espectador na mão, dá-se o direito de brincar com a expectativa criada para as próximas cenas. Quando esperamos uma cena da realidade, vem uma ilusória, e vice versa.

    No decorrer do filme, a obsessão de Pupkin pela fama vai se tornando cada vez mais perigosa. A cada nova rejeição de Langford, o protagonista fica mais empenhado em fazer sucesso como comediante. A resiliência de Rupert culmina com o sequestro de Jerry, parte de um elaborado plano que busca colocar Pupkin no topo da comédia nacional. O Rei da Comédia não é o que normalmente vemos da dupla Scorsese/De Niro. Não na superfície, pelo menos, pois a comédia de humor negro traz, no fundo, muitos dos temas recorrentes tratados na filmografia do mestre. Ambição, poder e notoriedade são algumas das temáticas mais importantes de O Rei da Comédia, e também podem ser encontrados em inúmeros clássicos do diretor, como Os Bons Companheiros (Goodfellas, 1990), Cassino (Casino, 1995) e O Lobo de Wall Street (The Wolf Of Wall Street, 2013), por exemplo.

    Neste irreverente estudo de personagem, Scorsese escancara a podridão e decadência em que se encontrava o show business estadunidense, e os meios de se chegar até ele. As plateias delirantes e as belas luzes só mascaram um meio repleto de ganância e amargura. Lewis, em uma rara interpretação dramática, demonstra facilidade em interpretar um personagem que, praticamente, é uma cópia do próprio ator. Por trás de todas as risadas que provoca, no fundo, Langford é um sujeito ranzinza, exaurido pelo constante assédio de fãs, imprensa e pessoas tentando se aproveitar de sua posição.

    O grande trunfo do filme, porém, é Robert De Niro. Ele, que é, indiscutivelmente, um dos maiores atores da história do cinema, está absolutamente fantástico como Rupert Pupkin. O nome exótico, que, em si, já é uma piada, é constantemente repetido pelo ator. E a cada vez que é dito, é possível identificar a entrega que De Niro dá ao papel. “Frequentemente mal soletrado e mal pronunciado”, Pupkin é bizarro, engraçado, trágico e esperançoso – tudo ao mesmo tempo. De Niro, que é conhecido por sua habilidade dramática, vira, de fato, o Rei da Comédia. Na verdade, seu repertório de interpretação é tão amplo que ele pode ser o rei do que quiser.

    7.9 Bom

    O Rei da Comédia é mais um dos capítulos da longa parceria entre Martin Scorsese e Robert De Niro. Despretensioso e divertido, o filme é uma excelente sátira ao mundo do show business, e conta com uma grande atuação do astro.

    • IMDb 7.8
    • Roteiro 8
    • Elenco 8.5
    • Fotografia 7
    • Trilha Sonora 8
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    Luiz Eduardo Luz
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    Publicitário, amante da sétima arte e colecionador de filmes, escreve sobre cinema para o Canto Dos Clássicos. Frase preferida do cinema: “Tudo bem, Sr. DeMille, estou pronta para o meu close-up.” – Crepúsculo dos Deuses.

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