A Hora dos Mortos Vivos
O cinema oitentista é extremamente cultuado pelos fãs do trash – aqueles filmes de terror com cenas grotescas e exageradas. Isso porque foi nos anos 80 que conhecemos grandes exemplares da categoria, como Basket Case (1982), Estranhas Metamorfoses (1982), A Coisa (1985), Street Trash (1987) e, claro, o nosso homenageado de hoje: A Hora dos Mortos-Vivos (1985).
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Como todo ótimo trash, A Hora dos Mortos Vivos arranca mais gargalhadas do que aterroriza, mas mesmo assim consegue ser um grande péssimo filme. Baseado na literatura de um dos maiores mestres da ficção H.P. Lovecraft e dirigido pelo criativo Stuart Gordon que não teria conseguido emplacar seu nome no cinema se não fosse por este filme, a obra é uma releitura visual de Frankenstein com adição de muita loucura e nonsense.
O estudante Herbert West – interpretado pelo ótimo Jeffrey Combs – prodígio da medicina, está secretamente em busca de um antídoto para reviver os mortos e, após uma tentativa extremamente frustrante (para não dizer trágica e cômica na cena inicial do longa em sua universidade na suíça), resolve ir em busca de novos ares em Massachussets, nos Estados Unidos.
Chegando em sua nova escola de medicina, Herbert conhece outros estudantes chaves da história: Dan (Bruce Abbott) e sua namorada Megan (Barbara Crampton), filha do reitor da universidade. Em busca de um local para ficar, acaba dividindo apartamento com Dan.
A segunda tentativa (agora com sucesso) de Herbert acontece após a suposta morte por acidente do gato de estimação de Dan. Após testar no felino, o estudante mostra seu experimento para o colega de casa que acabara de acordar assustado com gritos do animal. Obviamente a reação não foi das melhores, além de ter perdido o seu gato, agora ele estava de volta em forma de zumbi e extremamente violento.
Tendo visto o resultado da experiência surreal de Herbet West, Dan resolve ajudar o “amigo” sem imaginar tudo o que iria acontecer. O primeiro teste da dupla reunida se dá no necrotério da faculdade, resultando em um renascimento grotesco do falecido, que agora era um zumbi sedento por sangue, forte e extremamente violento. A cena é hilária, contagiante e os efeitos são um prato cheio para qualquer amante do horror trash.
Outro personagem igualmente (se não mais) importante para o filme, é o Dr. Carl Hill (David Gale), cuja atuação é essencial para tornar a obra um exemplar cult. Ele é um professor respeitado na universidade, mas se torna o vilão do filme ao descobrir sobre o experimento secreto e tentar se apoderar do mesmo. Sua ambição em se tornar um médico renomado por conta do fatídico soro verde limão, faz com que Herbert West decepe sua cabeça sem escrúpulo algum com intuito de proteger sua descoberta.
Evidentemente, o médico sem cabeça seria a próxima vítima do estudante. Herbert resolve testar o líquido no corpo e na cabeça do recém assassinado Dr. Carl Hill, resultando nas melhores cenas do filme, onde o corpo vira uma criatura e a cabeça outra.
Para finalizar, é preciso ressaltar que o filme em momento algum se propõe em meter medo no espectador, mas sim divertir com as bizarrices e situações absurdas. Vale a pena se deixar levar para a diversão.
Vale lembrar, também, que o produtor do filme, Brian Yuzna, dirigiu as duas sequências da obra: A Noiva do Re-Animator (1990) – evidenciando ser uma cópia de Frankenstein – e Re-Animator: Fase Terminal (2003), mas nenhum consegue chegar perto do primeiro.
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Nota final
A Hora dos Mortos-Vivos é um dos melhores exemplos do cinema trash dos anos 80. Um ótimo filme ruim que deu certo, se é que me entendem.
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Direção
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Roteiro
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Elenco
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Trilha Sonora