Sabemos que os grandes gênios da humanidade não nascem com todo esse conhecimento, mas são reconhecidos por sua capacidade de absorver, reter e aplicar tudo o que de melhor aprendem. Stanley Kubrick, por exemplo, era um menino levado e que não gostava nem um pouco da escola, e o seu ódio pela aprendizagem institucionalizada ficou marcada em sua carreira.
Mas deixando isso de lado, Kubrick soube muito bem onde procurar referências e deixou no seu legado muita influência de grandes nomes como Eisenstein, Nietzsche e Freud. Trouxemos para vocês 9 ícones da cultura e da filosofia que marcaram a carreira de um dos maiores diretores de todos os tempos.
Sergei Eisenstein e Vsevolod Pudovkin
Esses dois estão juntos porque há muita sobreposição. Ambos foram grandes criadores, grandes diretores, desenvolveram teorias de montagem que se tornaram uma parte indispensável da Soviet Montage Theory (Teoria da Montagem Soviética), escreveram livros e ensaios que se tornaram publicações importantes para o cinema e os dois têm sido repetidamente mencionados por Kubrick.
Um dos primeiros grandes diretores do cinema russo foi Sergei Eisenstein. Dirigiu vários ícones, sendo os mais famosos Strike (1925), Battleship Potemkin (1925), October: Ten Days that Shook the World (1927) e Ivan the Terrible Part I (1944). Seus principais livros incluem Film Form: Essays in Film Theory (1949) e The Film Sense (1942).
Vsevolod Pudovkin ficou mais conhecido por desenvolver ainda mais as teorias de montagem em seu livro Film Technique and Acting Film (1958). É o seu trabalho mais conhecido e manteve-se um recurso seminal para os jovens cineastas com vontade de aprender o ofício.
Eisenstein e Pudovkin foram os mestres do Soviet propaganda cinema, durante décadas estavam em concorrência direta de atenção e elogios. Enquanto Eisenstein utilizou a montagem para reforçar o seu nome, Pudovkin preferiu uma abordagem mais silenciosa e suave, que concentrou na coragem do indivíduo em contraposição da esmagadora opressão.
Sem dúvida, existem pedaços de ambos os diretores russos espalhados por todo o trabalho de Stanley Kubrick. Laranja Mecânica é uma completa homenagem ao cinema eisensteiniano, enquanto Paths of Glory era algo de Pudovkin. O corte do osso para nave espacial em 2001: Uma Odisseia no Espaço – e um salto no tempo de milhões de anos – é influência de Eisenstein. Lolita e De Olhos Bem Fechados estavam mais próximos da luta individual de Pudovkin contra as forças sociais que escapavam do seu controle.
1 comentário
Poderia se aprofundar mais, mas Muito Bom!!