Quando pensamos em filmes sobre arte e artistas, podemos abrangir um vasto leque de filmes biográficos, documentários e etc. Porém, os melhores são aqueles que nos mostram a essência dessas pessoas que marcaram o mundo com suas artes, aqueles que são capazes de nos ensinar algo sobre a forma como pensavam.
Os 20 filmes selecionados abaixo retratam a relação entre a arte e o espectador, assim como as necessidades internas que esses artistas tinham – por razões espirituais e/ou filosóficas – de mostrar por meio de suas obras o que sentiam.
Não há nada de errado em misturar as diversas artes com a sétima arte. Pelo contrário, o resultado é fantástico.
Caravaggio (1986) – Derek Jarman
A curta vida do pintor italiano Michelangelo Merisi da Caravaggio (Nigel Terry) desde a infância e decepções no início da carreira até os últimos sucessos. A amizade com um cardeal e a relação destrutiva com um lutador (Sean Bean) e sua namorada (Tilda Swinton).
Frida (2002) – Julie Taymor
Frida Kahlo (Salma Hayek) foi um dos principais nomes da história artística do México. Conceituada e aclamada como pintora, ela teve um agitado casamento aberto com Diego Rivera (Alfred Molina), seu companheiro também nas artes e, ainda, um controverso caso com o político Leon Trostky (Geoffrey Rush), além de relacionamentos com várias outras mulheres.
A agonia e o êxtase (1965) – Carol Reed
Preocupado com o legado que deixaria para as gerações futuras, o Papa Júlio II (Rex Harrison) resolve contratar Michelangelo (Charlton Heston) para pintar o teto da Capela Sistina. O artista se nega, mas logo é forçado pelo pontífice a fazê-lo. A partir daí, começam as disputas entre Michelangelo e papa à respeito do projeto.
Andrei Rublev (1966) – Andrei Tarkovsky
A vida de Andrei Rublev, o grande pintor de ícones da Rússia do século XV – um período de intensa turbulência e também de diversas dificuldades pelas quais passavam o povo russo. Na época, o país sofria com a pobreza, a rigidez da igreja ortodoxa e também com as invasões tártaras. Nesse cenário caótico, estão inseridos os diversos episódios da vida de Andrei, que mais tarde abandonaria seu trabalho como pintor para se dedicar a Deus.
A Bela Intrigante (1991) – Jacques Rivette
Em sua casa no campo, Edouard Frenhofer (Michel Piccoli) – um artista sexagenário – vive uma aposentadoria voluntária. No estúdio, há uma pintura inacabada na qual Marianne (Jane Birkin), sua esposa, foi a modelo, encostada na parede como uma censura da paixão que morreu entre eles. O casamento não foi rompido, mas é uma relação de compreensão e não de desejo.