Filme Estrangeiro – Oscar
Sabemos que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que entrega o famoso Oscar – principal prêmio dedicado ao cinema – é bastante política e muitas vezes injusta. Na minha humilde opinião, não da para julgar um filme com base no Oscar, se foi ou não indicado ou se ganhou ou não o prêmio. Entretanto, vale a pena relembrar alguns clássicos que já foram prestigiados por lá na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Pensando nisso, resolvi buscar e trazer 10 filmes considerados verdadeiros clássicos que já foram premiados na categoria de Melhor Filme Estrangeiro – geralmente a melhor categoria da premiação.
Vale lembrar, também, que o Oscar só adicionou essa categoria em 1957. Até o ano anterior alguns filmes estrangeiros recebiam um “prêmio honorário”.
Leia também: Tudo sobre o primeiro Oscar (1929)
(1950) 22ª edição – Ladrões de Bicicletas (1948) | Vittorio De Sica
A história se passa logo após a Segunda Grande Guerra, com a Itália destruída e o povo passando necessidade. Ricci (Lamberto Maggiorani) consegue um emprego após muita espera. Só que esse emprego, de colador cartazes na rua, lhe pedia como obrigação uma bicicleta. Ricci e sua mulher Maria (Lianella Carell) conseguem um dinheiro para uma, possibilitando que ele realize o seu trabalho. Há também o menino Bruno (Enzo Staiola), filho do casal. Fascinado por bicicletas, o menino cai de cabeça com o pai na busca pela bicicleta que lhes foi roubada, quando Ricci trabalhava apenas em seu primeiro dia.
(1952) 24ª edição – Rashomon (1950) | Akira Kurosawa
Japão, século XI. Durante uma forte tempestade, um lenhador, um sacerdote e um camponês procuram refúgio nas ruínas de pedra do Portão de Rashomon. O sacerdote diz os detalhes de um julgamento que testemunhou, envolvendo o estupro de Masako e o assassinato do marido dela, Takehiro, um samurai. Em flashback é mostrado o julgamento do bandido Tajomaru, onde acontecem quatro testemunhos, inclusive de Takehiro através de um médium. Cada um é uma “verdade”, que entra em conflito com os outros.
(1953) 25ª edição – Brinquedo Proibido (1952) | René Clément
Uma menina de cinco anos, Paulette, tem seus pais mortos num ataque durante a Segunda Guerra Mundial e, órfã, chega numa fazenda da França profunda e lá faz amizade com um menino de 11 anos, Michel. Juntos eles irão criar um cemitério para os animais mortos na região, para isso roubando todos os crucifixos locais, inclusive o da igreja do lugarejo, para desespero do padre.
(1958) 30ª edição – Noites de Cabíria (1957) | Federico Fellini
Cabíria é uma prostituta baixinha e elétrica que vaga nas ruas de Roma, procurando um verdadeiro amor, mas sempre se decepcionando. Após ter tentado tudo, inclusive ajuda divina, ela acha seu pretendente dos sonhos no local e hora mais inapropriados. Mas, seria ele tão perfeito assim?
(1959) 31ª edição – Meu Tio (1958) | Jacques Tati
O humilde e atrapalhado Monsieur Hulot é cunhado de um gerente de uma fábrica de plásticos, um novo rico que vive em uma casa totalmente automatizada. Este arranja-lhe um emprego para que seu filho não cresça sob a influência do tio. Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro na edição de 1959.
(1961) 33ª edição – A Fonte da Donzela (1960) | Ingmar Bergman
Voltando ao mundo de O Sétimo Selo, conhecemos a história de uma menina, de pais cristãos fervorosos, que é estuprada por dois pastores. Esses, sem saber, acabam pedindo abrigo na casa dos pais da menina. Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro na edição de 1961.
(1964) 36ª edição – 8½ (1963) | Federico Fellini
Guido é um diretor de cinema que não consegue ter mais um momento de paz. As pessoas que trabalharam com ele sempre estão pedindo mais trabalho. Ele também luta contra sua consciência, mas não consegue ter novas ideias para um novo filme. Enquanto se preocupa com isso, começa a relembrar grandes momentos em sua vida, como todas as mulheres que amou e foram deixadas por ele. Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro na edição de 1964.
(1973) 45ª edição – O Discreto Charme da Burguesia (1972) | Luis Buñuel
Em mais uma de suas travessuras surrealistas extremamante críticas, o espanhol Luis Buñuel conta a história de seis burgueses que se reúnem para um jantar, mas que, devido a estranhos acontecimentos, são impedidos. Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro na edição de 1973.
(1974) 46ª edição – A Noite Americana (1973) | François Truffaut
Um dos filmes que melhor representa as loucuras que se passam em um set de filmagem. Um ator que fica deprimido porque sua noiva sai com um dublê, uma atriz que se entregou às bebidas e não consegue lembrar de suas falas e muitas outras confusões, que o diretor deve fazer de tudo para contornar, até gravarem uma das cenas mais importantes do filme: a que o dia deve ser transformado em noite artificialmente. Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro na edição de 1974.
(1990) 62ª edição – Cinema Paradiso (1988) | Giuseppe Tornatore
Emocionante história do garoto Totó, que vive num vilarejo no interior da Itália, durante a Segunda Guerra. Sua principal diversão é passar as tardes no Cinema Paradiso, fazendo companhia ao projecionista Alfredo, que o ensina a amar a Sétima Arte, mudando assim a sua vida para sempre. Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro na edição de 1990.
E para você, qual foi a melhor premiação para filme estrangeiro no Oscar? Comente.
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