“Caminhando contra o vento
Sem lenço, sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou”
- Caetano Veloso (Alegria, Alegria)
Foram tempos difíceis. Mais de 20 anos de ditadura militar no nosso país, diversos artistas presos e censurados, pessoas torturadas e um silêncio que ensurdecia calado.
Essa ditadura – ou regime – estabelecida após o golpe militar de 1964 que durou até 1985 não dava liberdade de expressão para nenhum cidadão, muito menos para artistas que traduziam em sua arte aquilo de mais terrível que estava acontecendo com o Brasil. Muitos cantores, inclusive, foram extraditados do país enquanto outros eram “apenas” presos.
Mas, infelizmente, isso foi apenas uma pequena parte das consequências desses 20 anos. Para se aprofundar nesse tema sombrio do nosso Brasil, recomendamos 11 filmes que mostram as maiores destruições da ditadura militar. São obras difíceis de assistir quando sabemos que tudo isso aconteceu de verdade, mas necessárias para nunca mais permitirmos algo parecido.
Manhã Cinzenta (1969) | Olney São Paulo
Um golpe de estado num país imaginário da America Latina. O poder. A repressão. O filme que levou seu realizador aos porões da ditadura.
“Manhã cinzenta é o grande filmexplosão de 1968 e supera incontestavelmente os delírios pequeno-burgueses dos histéricos udigrudistas. Montagem caleidoscópia, desintegra signos da luta contra o sistema – panfleto bárbaro e sofisticado, revolucionário a ponto de provocar prisão, tortura e iniciativa mortal no corpo de Artysta. O Cinema Nordestino, Cinema Pupular metaforizado em Olney e Miguel Torres, vítimas dos invasores – Heroys do Brazyl!” – Glauber Rocha.
Pra Frente, Brasil (1982) | Roberto Farias
Durante a Copa do Mundo de 1970, enquanto prisioneiros políticos são torturados nos porões da ditadura militar, inocentes são vítimas desta violência. Estes acontecimentos são vistos pela ótica de uma família quando um dos seus integrantes, um trabalhador comum, é confundido com um ativista político e desaparece.
1 comentário
Eu acho q O Desafio do Saraceni cairia bem também, hein? Fica a dica kkkkkkkkkkkk