“Filme cult”. O que é, na verdade, um filme cult? Já falamos algumas vezes sobre isso na nossa lista “10 filmes cult distópicos que você precisa assistir” e não tem muito segredo. Em geral, para ser considerado um cult, a obra não pode ser muito famosa e conhecida por muitos, mas deve ter seletos grupos de pessoas apaixonadas por ele.
Existem, entretanto, centenas de filmes que podem fazer de você um “cult da mesa do bar”, ou então da roda de amigos na faculdade. Na verdade, podem fazer de você um expert do cinema neo-experimental-arquitetônico-robusto-surrealista.
Melhor do que isso, esses filmes podem fazer com que você acabe com qualquer tentativa de alguém da mesa de se parecer o “conhecedor de todos os filmes underground do planeta”: “ah, alguém aqui já assistiu aquele filme ‘O Demônio das Onze Horas’ do Godard?” e você responde “Claro, aquele clássico onde o professor Ferdinand Griffon sai com sua esposa em busca de uma vida diferente. É muito bom”.
Brincadeiras à parte, está preparado? Não deixe de comentar outras dicas e sugestões para a lista.
Um Cão Andaluz (1929) | Luis Buñuel
Com roteiro co-escrito por Salvador Dalí, Luis Buñuel estreou como diretor neste curta-metragem, o marco inicial do surrealismo no cinema. Com clara influência da psicanálise, Buñuel e Dalí exploram o inconsciente humano, numa seqüência de cenas oníricas, incluindo o célebre momento em que um homem, interpretado pelo próprio diretor, corta, com uma navalha, o olho de uma mulher.
O Gabinete do Dr. Caligari (1920) | Robert Wiene
Num pequeno vilarejo da fronteira holandesa, um misterioso hipnotizador, Dr. Caligari (Krauss), chega acompanhado do sonâmbulo Cesare (Veidit) que, supostamente, estaria adormecido por 23 anos. À noite, Cesare perambula pela cidade, concretizando as previsões funestas do seu mestre, o Dr. Caligari. Um dos filmes mais importantes de todos os tempos.
Monstros (1932) | Tod Browning
Uma bela trapezista chamada Cleópatra mesmo se relacionando com Hércules, o homem-forte do circo, seduz e se casa com um anão chamado Hans, herdeiro de uma enorme fortuna. Na recepção do casamento as outras figuras estranhas do circo decidem aceitá-la na família, cantando: “We accept you, one of us!”(Nós te aceitamos, uma de nós!), querendo dizer que agora ela pertence ao grupo. Cleopatra, embriagada, mostra a sua repugnância e expulsa-os da cerimônia. Hans percebe seu erro quando ela e Hércules se beijam na sua frente.