Formalismo muito rigoroso de Kubrick em seus roteiros e peculiar estilo de representação por seu elenco.
Todos sabem que Kubrick era muito rigoroso em todas as suas tomadas, enquanto a cena não saía do jeito que ele queria, os atores deveriam repetir quantas vezes fossem necessárias. Mas isso se tornou um ícone do cinema, além de ter tido como resultado belíssimos e perfeitos longas metragens.
Mas, por outro lado, Kubrick também era passívo para bons atores liberarem sua criatividade em cena, por exemplo no filme “Nascido Para Matar”, onde o ator Ronald Lee Ermey, na realidade um sargento do exército, não possuía diálogos na cena em que intimida os soldados por meio de xingamentos. Tudo foi mera improvisação.
E por último, a carreira de Stanley Kubrick como um todo.
Stanley Kubrick, de personalidade forte e um confiante estilo de direção foi tão impressionante e funcional, ele cuidadosamente conseguiu transcender as limitações do sistema de estúdio e entregar suas propostas cinematográficas do jeito que ele queria que elas ficassem.
Ao longo de sua carreira, ele teve alguns contratempos, sendo o mais famoso a cinebiografia não realizada de Napoleão Bonaparte, mas sempre teve sucesso em deixar sua marca em todos os filmes que fez com quantidades generosas de liberdade artística.
1951 – Day of the Fight (documentário)
1951 – Flying Padre (documentário)
1953 – Fear and Desire
1953 – The Seafarers (documentário)
1955 – Killer’s Kiss
1956 – The Killing
1957 – Paths of Glory
1960 – Spartacus
1962 – Lolita
1964 – Dr. Strangelove
1968 – 2001: A Space Odyssey
1971 – A Clockwork Orange
1975 – Barry Lyndon
1980 – The Shining
1987 – Full Metal Jacket
1999 – Eyes Wide Shut
fonte: Taste of Cinema
3 Comentários
Li Lolita do maravilhoso Vladimir Nabokov e achei a versão do Kubrick péssima, não narra bem o espirito da historia e não segue a ordem de acontecimentos do livro, que foi o que crucificou o filme, a versão do Adrian Lyne é com certeza muito melhor… na minha opinião.
mesmo assim, adoro o Kubrick demais
Eduarda, vi o filme há pouco tempo e preciso discordar de você; de certa forma, se compararmos aos demais filmes do Kubrick, sobretudo os posteriores, Lolita não é tão grandioso quanto, mas ele é um bom filme. Essa questão de seguir a cronologia ou mesmo os fatos do livro não faz sentido quando analisamos o filme, pois, a narrativa cinematográfica não é a mesma da literária, afinal, enquanto uma é meramente verbal, a outra é audiovisual; também, a adaptação de determinada obra é uma resposta do cineasta ao autor original, onde em certos momentos há concordâncias e, em outros, não. Veja, por exemplo, O Iluminado. Kubrick não adaptou o livro ao pé da letra e fez um filme genial. Já Stephen King, quando autoadaptou seu livro (de forma mais literal), fez algo lamentável. Abraços!
De fato Kubrick é gênio, e pode ser considerado o melhor cineasta que já viveu, por toda a sua importância ao cinema. Mesmo assim, ninguém é perfeito para não cometer erros, e mesmo que no caso do Kubrick sejam poucos erros, um me incomoda enormemente: The Shining.
Deixando totalmente de lado o livro, esse filme não me agrada por completo. Considero um filme muito arrastado, com atuações (tirando a do Jack Nicholson, claro) bem medianas, principalmente a de Shelley Duvall, que é péssima, e com alguns elementos no roteiro que não me agradaram por completo.
Claro que ele tem coisas boas, como a fantástica direção de arte e os diversos simbolismos e interpretações que o filme oferece. Mas ao lado do resto da filmografia do Kubrick, The Shining está bem abaixo.
Pra acabar, meu Top 5 de Kubrick é Full Metal Jacket, A Clockwork Orange, Paths of Glory, Dr. Strangelove e Barry Lyndon.