Muito do cinema (ou a maioria), são histórias ficcionais, criadas para emocionar, impressionar, cativar, amedrontar ou divertir os espectadores. Por outro lado, algumas obras se destinam a retratar fatos reais, histórias verídicas que aconteceram em alguma região ou então biografias, que falam sobre a vida de alguma pessoa. Entretanto, algumas vezes, essa linha entre ficção e realidade ficam bastante embaçadas.
Pensando nesse fato, resolvemos trazer exemplos extremamente clássicos – e necessários para todo bom cinéfilo – de filmes que trabalham com essa dualidade. Confira e deixe suas opiniões nos comentários.
Araya (1959) | Margot Benacerraf
Araya é uma península no nordeste da Venezuela, onde fica localizada uma antiga mina natural de sal que foi descoberta pelos espanhos há cerca de 500 anos. No ano de 1959, a mina continuava a ser explorada de forma arcaica, com o sal sendo empilhado manualmente em grandes pirâmides brancas. O filme revela o cotidiano de três famílias da região antes da chegada da exploração industrial, o trabalho dos salineiros, pescadores e de outros habitantes da área.
India: Matri Bhumi (1959) | Roberto Rossellini
Primeiro de uma dezena de documentários rodados por Rossellini. Jean-Luc Godard diz que o filme é o ápice do gênero, comparando com “Que viva México”, de Sergei Eisenstein, “Tabu”, de F.W. Murnau, e com o famoso “É Tudo Verdade”, de Orson Welles. O filme fala sobre a integração entre o homem e a natureza, que, a partir de uma realidade documental, propõe vários modelos de ficção.