Luis Buñuel
O espanhol Luis Buñuel tem um jeito peculiar de contar suas histórias, peculiar mas extremamente criativo. Sua filosofia está na questão do surrealismo, principalmente. Quando trabalhou com o artista Salvador Dalí, no controverso Um Cão Andaluz, disse que a única regra da dupla era a de que não aceitariam nenhuma ideia ou imagem que pudesse se prestar a uma explicação racional de qualquer espécie.
“A imaginação é o nosso primeiro privilégio, tão inexplicável como o caso que a provoca.” – Luis Buñuel
Um Cão Andaluz (1929)
Com roteiro co-escrito por Salvador Dalí, Luis Buñuel estreou como diretor neste curta-metragem, o marco inicial do surrealismo no cinema. Com clara influência da psicanálise, Buñuel e Dalí exploram o inconsciente humano, numa sequência de cenas oníricas, incluindo o célebre momento em que um homem, interpretado pelo próprio diretor, corta, com uma navalha, o olho de uma mulher.
Viridiana (1961)
Pouco antes de ser ordenada freira, Viridiana faz uma visita a um solitário tio seu, que está à beira da morte. O homem, pervertido e obcecado por sua beleza, tenta seduzi-la de todas as formas, antes de morrer, repentinamente. Com a morte dele, acaba desistindo de ser freira, passando a morar na casa deixada pelo tio. Decide transformá-la em um albergue, movida pelo seu sentimento cristão de piedade e solidariedade, mas os mendigos que lá abriga acabam lhe mostrando as verdadeiras facetas dos seres humanos.
O Anjo Exterminador (1962)
Depois de uma festa, os convidados simplesmente não conseguem deixar o local, sem que haja uma explicação racional para isso. Conforme o tempo passa, as máscaras dos antes bem relacionados começam a cair e revelar suas verdadeiras e mais profundas facetas.
A Bela da Tarde (1967)
Séverine é uma jovem e bela mulher casada com um médico. Ela ama o marido, mas não consegue se satisfazer sexualmente com ele. Então entrega-se aos seus desejos e acaba por se tornar uma prostituta, mantendo uma vida dupla. Filme vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza.
O Discreto Charme da Burguesia (1972)
Em mais uma de suas travessuras surrealistas extremamente críticas, o espanhol Luis Buñuel conta a história de seis burgueses que se reúnem para um jantar, mas que, devido a estranhos acontecimentos, são impedidos.