David Lynch
David Lynch é um dos principais cineastas contemporâneos do surrealismo – se não o principal. Suas obras, muitas vezes chamadas de grotescas e sem sentido, são apreciadas por muitos amantes do cinema, assim como eu. O que seria da arte se não existisse o surreal? Lynch trouxe um sal especial para os seus filmes, e apenas os que sabem apreciar o cinema como arte conseguem entrar nesse mundo único que gostamos de chamar “universo lynchiano”. Aqui não existe espaço para perguntas, sua mente precisa estar aberta para contemplar a filosofia de David Lynch sem questionar, apenas admirar
“As ideias são como peixes. Se quisermos capturar peixes pequenos, podemos ficar pelas águas pouco profundas. Mas, se quisermos capturar os peixes grandes, temos que ir mais fundo. Nas águas profundas, os peixes são mais poderosos e mais puros. São enormes e abstratos. E são muito bonitos.” – David Lynch
Eraserhead (1977)
Henry Spencer (Jack Nance) é um reservado operário de uma fábrica que se vê obrigado a casar com Mary X, uma antiga namorada que se diz grávida dele. O bebê nasce uma aberração, que faz com que Mary abandone Henry para ele cuidar da ‘criatura’ sozinho.
O Homem Elefante (1980)
John Merrick (John Hurt) é um inglês que vive recluso em um circo por ter uma doença que desfigurou seu rosto. Ele é descoberto por um médico (Anthony Hopkins), que deseja integrá-lo à sociedade não como um “esquisito”, mas como alguém normal e culto. O problema é que as pessoas não estão prontas para isso, e John terá que sofrer muito para ser tratado como ser humano.
Veludo Azul (1986)
Jeffrey retorna para sua cidade depois de estar fora algum tempo e descobre uma orelha humana sobre o chão, em meio ao mato. Não satisfeito com a passividade da polícia em relação ao caso, ele e a filha de um detetive da polícia resolvem fazer sua própria investigação. Eles acabam entrando em um submundo bizarro, envolvendo um homem diabólico e uma linda, porém misteriosa, mulher.
Cidade dos Sonhos (2001)
Nas avenidas de Los Angeles, verdade é mentira com ilusão. Em torno da indústria do cinema, personagens vivem suas fantasias surrealistas, desejos e esperanças frustradas, como a ingênua Betty (Naomi Watts), que chega do Canadá para se tornar atriz. Ela cruza com Rita (Laura Harring), que acaba de sofrer um acidente e sequer se lembra do seu próprio nome. Betty tenta ajudá-la a descobrir quem é. Em outra parte de Los Angeles, o diretor de cinema Adam Kesher está sendo convencido por dois estranhos irmãos, com pinta de mafiosos, a contratar uma atriz específica para seu filme.