Andrei Tarkovsky
Tarkovsky é um dos maiores poetas cinematográficos, seus filmes de bagagem filosófica são considerados os mais tocantes. Os planos longos e pouco uso de cortes são características fundamentais de sua obra. É por meio dessas técnicas que o cineasta russo gosta de transmitir a experiência do tempo. Sem contar a sensibilidade clássica do artista que, misturado ao existencialismo, montou uma carreira de poucos, mas belos filmes.
“O artista nunca trabalha em condições ideais, pelo contrário, o artista existe porque o mundo não é perfeito. A arte seria desnecessária se o mundo fosse perfeito, assim como o homem não procuraria por harmonia, apenas viveria nela.” – Andrei Tarkovsky
Solaris (1972)
Solaris é um planeta distante, que vem sendo constantemente estudado há décadas, e cujo mistério sobre seu oceano ainda não foi esclarecido, nem seus efeitos. Por falta de interesse e resultados, a solarística está morrendo; aliado a isto, os membros na estação espacial que orbita o planeta estão sendo afetados pelo oceano. Por conta disto, o psicólogo Kelvin – conhecido de um dos doutores da solarística e amigo de um dos tripulantes – é mandado para a estação para averiguar a situação. Lá, ele percebe aos poucos que Solaris é, mais que um planeta, um espelho da alma.
O Espelho (1975)
O mais autobiográfico trabalho do diretor Andrei Tarkovsky, onde o garoto Alexéi passa pelos mesmos problemas, alegrias e desgraças que o diretor passou, só que na tela. É um estudo da vida espiritual do homem contemporâneo, suas buscas e resoluções.
Stalker (1979)
Após a suposta queda de meteoritos numa região do planeta, essa região adquire propriedades estranhas e é chamada de Zona. Dentro da Zona, diz a lenda ter o Quarto, que seria um lugar onde todos os seus desejos são realizados. Temendo que a população invada a Zona à procura do Quarto, o exército a isola, mas eles próprios não têm coragem de entrar nela. Apenas alguns poucos, chamados Stalkers, têm habilidade suficiente para entrar e sobreviver lá dentro. Um dia, um escritor famoso e um físico contratam um Stalker para os guiarem ao Quarto, sem exatamente saber o que procuram.
O Sacrifício (1986)
Família burguesa sueca celebra o aniversário do patriarca Alexander (Erland Josephson), escritor e ator aposentado. Esta celebração será marcada para o resto da vida de cada membro da família: na televisão anuncia-se uma catástrofe nuclear. A crise familiar é alimentada pelo desespero, dúvida, angústia física e moral de cada um.