Nesse artigo especial, separamos para vocês 10 diretores que trouxeram muito da filosofia para a sétima arte. Na nossa opinião, são os principais cineastas que não produziram cinema apenas por entretenimento, mas quiseram mostrar alguma mensagem maior, muitas vezes sem uma explicação concreta.
“O cinema é um modo divino de contar a vida.” – Federico Fellini
É fato que muitos filmes aqui podem ser estudados profundamente a partir da semiótica para que os significados de cada cena, cada gesto, cada objeto façam mais sentido, mas no geral, essas obras não estão aqui para serem entendidas, mas sim apreciadas. Desde Alain Resnais até Woody Allen, confira a lista que está separada por ordem alfabética junto com as obras mais filosóficas de cada diretor.
Alain Resnais
A poética no cinema de Alain Resnais é praticamente imbatível. O cineasta é amplamente reconhecido pelo seu longa “Hiroshima mon amour” de 1959, que trata de temas como a paixão, o tempo e as incertezas. Outro grande filme de destaque de Alain é o “O Ano passado em Marienbad”, sempre lembrado por ser de difícil compreensão por sua filosofia e simbolismos densos.
“Diz-se que há no cinema uma tradição Méliès e uma tradição Lumière. Acho que também há uma tradição Feuillade, que utiliza maravilhosamente o fantástico de Méliès e o realismo dos Lumière.” – Alain Resnais
Noite e Neblina (1955)
Um filme sobre os campos de concentração nazistas, encomendado pelo Comitê de História da Segunda Guerra Mundial. As paisagens serenas e coloridas do presente procuram esconder, por trás das flores e da grama verde, horrores passados e futuros.
Hiroshima Meu Amor (1959)
Durante sua participação num filme sobre a paz, rodado em Hiroshima, uma atriz francesa tem uma aventura amorosa com um japonês, o que reaviva nela lembranças de uma trágica paixão durante a Ocupação. Entre o passado de guerra e o presente de incertezas, ele e ela tentam tornar imortal este encontro fortuito, através da mistura de tempos, recordações e corpos.
O Ano Passado em Marienbad (1961)
Num luxuoso e enorme palácio, transformado em hotel, entre corredores, salões decorados e estátuas, um estranho tenta convencer uma mulher casada a fugirem juntos. Ele diz conhecê-la. Diz que foram amantes. Entretanto, parece difícil fazê-la lembrar de que tiveram um caso (ou que não tiveram) no ano passado, em Marienbad.