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    Cinema

    Goethe, Fausto e seu impacto na sétima arte

    Mateus ZanlorenziPor Mateus Zanlorenzi22 de março de 2017
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    Johann Wolfgang Von Goethe foi um importante romancista, dramaturgo e filósofo alemão. Nasceu na cidade de Frankfurt em 28 de agosto de 1749 e morreu em Weimar,  no dia 22 de março de 1832.

    Goethe era formado em Direito e chegou a atuar como advogado por pouco tempo. Como sua paixão era a literatura, resolveu dedicar-se a esta área. Fez parte de dois movimentos literários importantes: Romantismo e Expressionismo. Apresentou também um grande interesse pela pintura e desenho.

    No ano de 1786 foi para a Itália, onde morou por dois anos. Neste período escreveu importantes obras como, por exemplo, Torquato Tasso (drama), Ifigênia em Taúrides (peça de teatro) e as Elegias Romanas.

    Porém, sua grande obra foi o poema Fausto, escrito em 1806. Baseada numa lenda, esta obra relata a vida de Dr. Fausto, que vendeu a alma para o diabo em troca de prazeres terrenos, riqueza e poderes ilimitados. – Fonte

    A obra referida é o grande foco deste artigo, Faust: Eine Tragödie, foi um poema trágico dividido em duas partes, inspirado em uma figura quase lendária da época, o doutor Fausto, um cientista desiludido com os métodos conhecidos e que buscava meios de construir seu “império espiritual” baseado em seu conhecimento.

    Após devorar a maioria dos livros disponíveis sobre leis, medicina, teologia e as ciências atuais, Fausto fica em um impasse, junto da ânsia de conhecimento voltando, assim, ao lado da magia e alquimia para satisfazer seu ímpeto. Quando isso, também, falha, o protagonista encontra-se em sua bancada, sob o luar, clamando para qualquer deus ou diabo que lhe desse uma inspiração, um sinal ou ate mesmo um sussurro para um norte ao conhecimento absoluto.

    Posteriormente, sentado no campo com seu discípulo Wagner, avista ao horizonte um enorme cão preto, o qual o discípulo nada via importância, mas para o cientista o cão se destacou, trazendo-o consigo para seu escritório.

    Chegando a seu aposento, por alguma razão inexplicável, Fausto abre o Novo Testamento. Ao lê-lo e discordar da frase do evangelho segundo S. João, exclamou em voz alta: “No princípio, era o Verbo”. Ao recitá-lo, o cão se transforma. “Fascinante” – clama o cientista.

    Do mar de névoas que surge no quarto, ergue-se Mephistofeles, ninguém menos que o próprio diabo. No primeiro encontro de Fausto com a entidade não se viu nada de cheiro de enxofre, rabos, olhos negros ou qualquer coisa que alcunhasse a algo diabólico, e sim uma figura vestida como um mendigo ou um frade de batina: um diabo dos tempos do Iluminismo.

    Mephisto, imperando sobre as pragas da terra, considerava o ser humano como a praga mais imunda a caminhar sobre a terra, pois alem de deixar suas marcas por onde passavam e viver na condição em que viviam, desejavam “as estrelas mais belas e os altos prazeres da terra”. Com isso em mente, a entidade concede a Fausto seu desejo ao preço de sua alma imortal, e assim fora dado o verdadeiro início da tragédia que assolou o conto, e o mundo da literatura.

    Uma obra de tal calibre datada de 1829 e de colossal impacto na literatura posterior a ela, sem sombra de dúvidas, iria dar as caras em outras mídias, iniciando-se no teatro em 1862 e, eventualmente, ganhando sua primeira adaptação cinematográfica em 1926 em Faust.

    Faust – Eine deutsche Volkssage (1926)

    A primeira adaptação da obra par ao cinema se deu em 1926, pela produtora UFA e dirigido por F.W. Murnau, o qual foi o último filme alemão do diretor, que posteriormente mudou-se para os Estados Unidos sob contrato com William Fox para dirigir “Sunrise“ (1927) em Holywood, filme que venceu o primeiro Oscar de Melhor Filme.

    Nesta versão, nos é apresentado um prelúdio de Mephistofeles, o qual faz uma aposta com um Arcanjo, e quem ganhasse, teria o domínio sobre a terra.

    As maiores diferenças da versão literária para esta adaptação são o fato do diabo ser mostrado vilanesco e com traços infernais, do mesmo ser a causa dos problemas de Fausto e não o próprio ego e que, ao fim, a historia tem um final feliz.

    O filme é mudo e fora premiado no mesmo ano, sendo um verdadeiro ícone do movimento cinematográfico conhecido por Expressionismo Alemão.

    Leia também:

    – 10 filmes essenciais do Expressionismo Alemão que você precisa assistir

    Sua classificação no Rotten Tomatoes é de invejosos 94%. Pelas palavras do diretor Japonês Shinji Aoyama em 2012: “…Sempre terei em mente que Fausto é como um filme que deve ser visto, feito e falado sobre“.

    Faust (1994)

    FAUST, (aka LEKCE FAUST, aka LESSON FAUST), Petr Cepek as Faust, 1994. ©Zeitgeist Films

    Em 1994, o filme tcheco Fausto foi lançado. Mesmo que esta não seja uma adaptação fiel da obra original, sendo retratada na cidade de Praga contemporânea, a obra dirigida por Jan Švankmajer colocou traços raríssimos em sua composição.

    Ao mesclar elementos da lenda com fatos contemporâneos, Švankmajer traz uma versão atual do conto, com preocupações e dúvidas mais próximas ao período em que vivemos, chegando a tornar a produção, mesmo que sombria, leve e com bons traços de humor. A mistura de stop-motion com live-action também contribuiu para que fosse premiada no Festival de Cannes de 1994 e no quarto Kecskemét Animation Film Festival, no qual ganhou o prêmio por animação e Audiência Adulta.

    Faust (2011)

    Em 2011, a obra ganhou sua adaptação mais recente, o qual foi um filme do diretor russo Alexander Sokurov, e, como na original, ocorre no século XIX.

    O filme, que apesar do diretor russo e produzido na russia, contou com diálogos apenas em alemão, foi uma adaptação excêntrica e premiada no Festival Internacional de Veneza por sua clara interpretação ímpar do enredo, focando mais na adoração de Fausto pela jovem Margarethe e o pacto que fez com Mephistofeles para reconquistar sua juventude e conseguir ganhar a dama.

    Mesmo contando toda historia de uma forma bem trágica, para tornar a trama mais leve e melhor adaptada, Sokurov altera os objetivos e ambições do protagonista para levá-lo a um fim menos cruel que Goethe retratou, mesmo que acarretando num desfecho vazio e realmente “sem sal”.

    A aqueles que conquistei com essa breve apresentação, recomendo muito tanto a leitura da obra clássica – se possível com a original alemã ao lado a qual expressa mais profundamente o sentimento do autor – e posteriormente assistir a primeira adaptação datada de 1926. Mesmo sendo um filme denso, a atuação, luz e câmera se destacam para a época, que foram de grande inspiração para o filme O Sétimo Selo de 1959, um dos grandes clássicos do cinema.

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    Mateus Zanlorenzi
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    Engenheiro Mecânico, entediado e muito perigoso. Fissurado Por quadrinhos, musica, jogos e a própria engenharia. Eu sou o melhor no que eu faço, e o que eu faço não é nada bonito.

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