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    Cinema

    Freaks – 1932 (Resenha)

    Bruno YashinishiPor Bruno Yashinishi12 de agosto de 2016
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    Em 1931, a Universal Studios lançou o filme Frankenstein dirigido por Tod Browning e estrelado pelo ícone do cinema de horror Boris Karloff. A película se tornou um dos maiores sucessos do gênero de todos os tempos e na época foi considerada como o maior filme de terror do cinema.

    No ano seguinte, a MGM propôs produzir um filme que superasse Frankenstein. Assim contratou Browning para adaptar ao cinema a obra de Tod Robbins Freaks, ou Monstros, sobre a realidade dos Freak Shows (Circo dos horrores), que eram espetáculos circenses com pessoas consideradas anormais ou aberrações, muito populares nos EUA e na Inglaterra no início do século XX. Para tanto, o elenco do filme foi composto por “aberrações” reais, ou seja, pessoas que realmente possuíam anomalias e apresentavam-se nos Freak Shows, o que causou enorme alvoroço e polêmica sacudindo os pilares da cinematografia dos anos 30.

    O filme começa com uma apresentação de uma criatura aterrorizante, chamada de maior aberração que já existiu. Antes que o espectador a veja, o apresentador conta a história da estranha atração. A trama se passa em um circo dos horrores, onde o anão Hans (Harry Earles) se apaixona pela bela trapezista Cleópatra (Olga Baclanova). O anão tenta conquistar a bela artista, mas é sempre ridicularizado por ela. Cleópatra possui um caso com Hércules (Henry Victor), o fortão do circo. O casal é o único em meio às atrações do circo que são considerados “normais”. A anã Frieda (Daisy Earles) é apaixonada por Hans, mas não tem seu amor correspondido e luta para tirar a ilusão que ele sente por Cleópatra.

    No decorrer do filme outros personagens icônicos vão aparecendo, cada qual com sua história e participação na trama. Entre eles estão Johnny Metade (Johnny Eck), que não possui os membros inferiores do corpo; Josephine Joseph, metade homem e metade mulher; Koo-Koo the Bird, ou garoto pássaro; o Homem-lagarta (Prince Randian); A Mulher-caranguejo (Frances O`Connor); e outros. Há destaque para Schlitzie, um jovem portador de microcefalia e profundo retardo mental, que no filme veste roupas femininas. (Lembrando que todos esses atores possuíam realmente as características físicas e psicológicas de suas personagens).

    O anão Hans descobre ser o único herdeiro de uma grande fortuna. Isso desperta o interesse de Cleópatra e Hércules que armam um golpe: A trapezista se casa com o anão, o mata e o casal fica com a herança. Hans, cego de paixão, cai nessa trama diabólica.

    Cleópatra seduz Hans sobre os olhares sempre suspeitos de Frieda. Por mais que a anã queira avisá-lo que sente algo estranho no ar é ignorada por Hans, que acha que são apenas ciúmes. Na noite em que se casam, a trapezista e Hans promovem um grande banquete com todos os membros do circo.

    Durante a festa, Cleópatra se embriaga e humilha Hans diante de seus amigos. No entanto, os “freaks” estão muito felizes com o casamento e começam a cantar uma música chamada Gooble Goble, uma espécie de hino que diz: “We accept you, one of us!” (Nós te acolhemos, uma de nós!). Essa música é emblemática e significa que eles aceitaram a trapezista como se fosse um deles. A reação de Cleópatra é explosiva. Num ataque de fúria ela dispara ofensas e expõe seu desprezo pelos membros do circo os chamando de aberrações e monstros.

    Hans fica muito constrangido por ter seus amigos ridicularizados pela esposa. Porém, Cleópatra pede desculpas a ele no intuito de envenená-lo até a morte com doses diárias de vinho. Ao verem que Hans adoeceu de repente e está encamado, as criaturas do circo começam a investigar Cleópatra e Hércules descobrindo toda a sua trama maligna. É então que numa noite chuvosa se revoltam contra o casal de golpistas, matando Hércules e transformando a linda Cleópatra em uma criatura metade mulher metade galinha.

    Essa criatura é aquela do começo do filme. O apresentador diz que o que aconteceu com ela é um mistério, mas que só pode ser entendido pelo “código das aberrações”. Hans consegue escapar da morte e encontra seu verdadeiro amor em Frieda. Os outros membros também voltam à normalidade de suas vidas no circo.

    Freaks não foi bem recebido pelo público e pela crítica. O fato de ter exposto “aberrações” reais assustou muita gente e foi considerado impróprio para os olhos dos espectadores. Permaneceu censurado durante décadas, mas ultimamente é considerado uma obra prima, um verdadeiro clássico do cinema. A mensagem do filme é muito maior do que um horror vulgar, pois esclarece que os verdadeiros monstros na verdade eram as pessoas que se consideravam “normais” e “belas”. A estética do senso comum sobre beleza e da bondade é colocada em xeque, além de demonstrar que todas aquelas pessoas eram na verdade seres humanos como qualquer outro, apenas diferentes, mas humanos.

    Há muitas referências a Freaks na cultura pop. Entre elas um episódio da série Os Simpsons “A casa da árvore dos horrores XXIV” e a quarta temporada da série American Horror Story, intitulada “Freak Show”.

    No filme, os “freaks” na verdade são as pessoas honradas e bondosas, enquanto que os verdadeiros monstros são as pessoas consideradas belas e normais.

    Em 1994, o filme foi selecionado como o décimo quinto filme mais assustador de todos os tempos por uma rede de TV norte americana.

    Uma curiosidade interessante sobre este filme foi o aparecimento em inglês do termo “Freaks” para designar algo ou alguém anormal, estranho, marginal, tão utilizado atualmente no mundo todo

    8.7 Chocante!

    Um filme assustador e comovente, amargo e doce, chocante e reflexivo. Freaks é extremo em todos os sentidos, principalmente em nossa concepção daquilo que é diferente.

    • IMDb 8
    • Roteiro 9
    • Elenco 9.5
    • Fotografia 8.5
    • Trilha Sonora 8.5
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    Bruno Yashinishi
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    Pesquisador na área do cinema com ênfase em História do Cinema, relação entre Cinema e História e cinema e Filosofia. Pesquisador do cinema clássico contemporâneo com ênfase nas obras do diretor Stanley Kubrick, bem como seu procedimento estético e narrativo. Atualmente é professor de Filosofia, Sociologia e Ensino Religioso nas séries do Ensino Médio de colégios da rede particular de ensino.

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