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    Cinema

    De Olhos Bem Fechados – 1999 (Resenha)

    Lucas Pilatti MirandaPor Lucas Pilatti Miranda9 de fevereiro de 20151 comentário
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    Kubrick inquietante, Kubrick perfeccionista, Kubrick misterioso. Tudo isso resulta numa incrível cinematografia apaixonante, do início ao fim, do início a De Olhos Bem Fechados.

    Lançado em 1999 e baseado no livro “Breve Romance de Sonho” de Arthur Scniltzer, De Olhos Bem Fechados foi uma quebra de paradigmas para a época, e se tornou um ícone do cinema misterioso, talvez pelo fato mais óbvio de todos: Stanley Kubrick faleceu poucos dias após a edição final do longa, e esse filme promete – em poucas e escondidas palavras – mostrar a realidade de seitas macabras, ocultismo e quem sabe até situações envolvendo os brothers Illuminati. (Que fique claro que não acredito nessa possibilidade, é só pra causar uma polêmica nos comentários.)

    eyesshutMas enfim, em breves palavras, o filme gira em torno do, até então, casal do momento na vida real, Tom Cruise e Nicole Kidman. Dr. William Harford (Bill) e Alice Harford respectivamente na trama como alusões tanto à nota de dólar (Bill) quanto ao conto de Lewis Carroll Alice no País das Maravilhas. Doido, né? Eles formam aquele casal dentro do padrão, uma boa casa, filhos… mas tudo muda assim que, após uma bad trip de maconha, Alice confessa ter sentido atração por outro homem, e não foi pouca coisa em seu discurso.

    Depois disso, tudo na cabeça de Bill muda, e é ele quem procura desesperadamente encontrar alguém para se redimir, até acabar em uma festa particular nada muito agradável e ser, talvez, e repito, talvez, o motivo de um assassinato.

    Agora pense em tudo isso disposto com a magnífica alusão aos sonhos, uma vez que Kubrick utilizou de processos, tanto na produção como na pós-produção para dar esse estranho tom de irrealismo e sonho para a fotografia do filme.

    Se não quiser Spoiler, pule o quadro a seguir!!

    A minha conclusão do filme é a seguinte: O casal, ambos têm vontade de experimentar coisas novas e viver outras aventuras, mas eles se amam, e por mais duro que possa ser e aceitar isso, eles preferem viver de “olhos bem fechados”. Isso se evidencia no final do filme, quando, na loja de crianças, eles se perguntam “O que vai ser, afinal?” e Alice responde que eles devem transar para acabar logo com isso.

    Bom, vamos às curiosidades. O perfeccionismo de Kubrick deu ao longa um prêmio do Guinness World Records como a mais longa produção cinematográfica pelo período de filmagem contínua em mais ou menos 400 dias.

    O local escolhido por Kubrick para filmar o estranho ritual das elites é bem representativo: Mentmore Towers, construído no século XIX como uma casa de campo por membros da elite mais poderosa do mundo: os Rothschilds. Já foi documentado que essa família realmente participava de eventos mascarados muito semelhantes ao mostrado em De Olhos Bem Fechados – veja abaixo a foto de uma festa de 1972 dada por Marie-Hélène de Rothschild.

    Conhecendo a atenção ao detalhe do diretor, a inclusão da estrela de Ishtar (essa ao lado direito) na primeira festa não é um acidente. Ishtar é a deusa babilônica da fertilidade, do amor, da guerra e, principalmente, da sexualidade. Seu culto envolvia prostituição sagrada e atos ritualísticos – dois elementos que vemos durante o longa.

    E agora pra finalizar com chave de ouro essa resenha: pra que tanto Arco-Íris? Tudo nesse envolvente filme nos mostra literal e não literalmente essa “coisa” da natureza. Começando pela loja onde Bill aluga seu traje que é chamada de “Arco-íris”. O nome da loja abaixo dela: “Debaixo do Arco-íris”. Acho que Kubrick está tentando nos dizer algo… A maior parte do filme, apresenta cores fantasiosas, multicores, sempre que Bill entra em algum local isso é evidente, o único local que não mostra isso é a casa do baile, como se lá, fosse o inverso da realidade, da vida real. Segundo consta, nessa festa em particular os convites foram impressos com o texto de trás para frente.

    Coincidentemente, a música que ouvimos na sequência do ritual é Backwards Priest da divina liturgia da Igreja Ortodoxa Romena, executada no sentido inverso. A inversão ou reversão de objetos sagrados são típicas da magia negra e rituais satânicos. Uma liturgia cristã executada de forma invertida antes da orgia generalizada que virá em seguida é a forma mais acabada de profanação em ritual de magia negra. E mais um detalhe, no início do filme, quando o médico está aos braços de duas modelos, elas perguntam se ele gostaria de ir ao final do Arco-Íris. Agora eu te pergunto, você já deve saber onde é esse final do Arco-Íris, né? Sim, o baile macabro, que Bill, até então, mal sabia onde iria parar.

    Kubrick gênio? Sim, vlw flw.

    8.5 Ótimo

    É misterioso, é amedrontador. O final dele está no título, e você só vai entender se assistir, não perca tempo. É genial, é de Kubrick.

    • IMDb 7.3
    • Elenco 9
    • Fotografia 9.5
    • Roteiro 7.5
    • Trilha Sonora 9
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    Criador do Canto dos Clássicos, fascinado por música, cinema e uma boa cerveja. "A vida passa rápido demais, se você não parar e olhar para ela de vez em quando, pode acabar perdendo." - Ferris Bueller's Day Off.

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    1 comentário

    1. Guilherme Medeiros on 11 de maio de 2016 15:49

      Belo review! Bem resumida, bem direta. Mas gostei.
      É um filme fabuloso, cheio de simbolismo para os caçadores de semiótica! Vale MUITO à pena, como qualquer outro filme do Kubrick!
      Este filme me trouxe à paixão pelo diretor e, praticamente, pelo cinema de arte. Redescubram De Olhos Bem Fechados, e vejam duas vezes, por favor.

      Reply
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