Alice Guy Blaché foi uma diretora francesa do final dos anos 1800 e início dos anos 1900 e é considerada extremamente importante para a história da arte e evolução do cinema que conhecemos hoje.
Muitas vezes – quase sempre – Alice Guy é deixada de lado quando o assunto é o início do cinema, ofuscada por nomes como Georges Méliès e Irmãos Lumière, também extremamente importantes para a sétima arte.
A importância de Alice Guy e sua contribuição para o desenvolvimento do cinema se deve a diversos fatores, entre eles, o destaque que deu para temas como homossexualismo, a inserção dos negros e principalmente das mulheres na sociedade dentro de seus filmes. Em paralelo a isso, foi a pioneira em trazer a narrativa para o cinema e trabalhou muito bem na mistura de drama e comédia, em uma época onde isso ainda não era explorado.
Certa vez, tive a oportunidade de assistir uma sequência de 8 curtas metragens da diretora na sua fase americana, obras produzidas pelo seu próprio estúdio, o Solax, e recém-restauradas e providenciadas pela Biblioteca do Congresso nos EUA.
Entre os filmes assistidos, estavam “Algie, O Minerador” (1912), que nos apresenta de forma corajosa para a época um estereótipo comportamento de gênero; “Um Tolo e Seu Dinheiro” (1912), com elenco totalmente negro; “Harmonia Enlatada” (1912), uma divertida comédia de sketches; ”Limite de Velocidade Matrimonial” (1913), que mostra um protagonismo feminino raro para aquele momento. O programa também conta com os filmes “Filhotes Trocados” (1911), “O Grande Amor Não Tem Homem” (1911), “O Cair das Folhas” (1912) e “A Chegada dos Raios de Sol” (1913).
Por essas e outras que devemos – SEMPRE – lembrar que quem trouxe narrativa e assuntos sociais importantes para o cinema foi Alice Guy, a eterna pioneira do cinema.
Assista nosso vídeo sobre as mulheres do cinema mudo:
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