Nos filmes da saga Star Wars, vemos diversas formas biológicas, mas muitas delas seguindo o padrão humanoide clássico. Será que ETs de verdade seriam assim?
A busca por vida extraterrestre é um dos temas mais fascinantes da ciência moderna, e muitos são os pesquisadores que acreditam estar próximos dessas descobertas mas, na verdade, até hoje nenhum cientista viu ou estudou alguma forma alienígena. (Os cirurgiões da Área 51 não contam; mesmo que eles tenham de fato esquartejado corpos de ETs, o que é improvável, não contaram nada para o mundo e muito menos apresentaram alguma prova sobre isso.)
Sabemos, até o momento, que só existe um planeta que com certeza tem vida – o nosso. Porém, cientistas já detectaram todos os compostos essenciais lá fora, não somente em planetas, mas também em nuvens de gás no próprio espaço. Além disso, estudos mostraram que no nosso planeta, as primeiras formas de vida apareceram assim que as condições se mostraram favoráveis, ou seja, pode ser que a biologia apareça assim que o ambiente possa suportá-la. Não deve ser, então, um fenômeno muito raro, certo?
Como seriam os alienígenas?
Uma pergunta que deve surgir na cabeça de qualquer biólogo: planetas como o nosso fabricariam seres vivos como os terrestres? Em outras palavras, existe uma receita básica para a evolução, algo que dite como a vida progride de suas formas mais simples para as mais complexas, gerando animais e, por fim, seres inteligentes?
Muitos estudiosos acreditam que não existe essa “receita”. O famoso biólogo Richard Dawkins aponta que a evolução tem um caráter histórico – algumas mutações aparecem aleatoriamente e seguem adiante, produzindo características singulares em criaturas vivas. Uma das questões levantadas por Dawkins é sobre a sexualidade. Será que essas outras formas de vida precisariam de sexo para a reprodução? Ele disse que provavelmente não, durante o festival Starmus, em Tenerife no ano de 2014.
Nem tudo acontece por sorteio na árvore da vida (como o big bang, por exemplo). Também existe o processo de evolução convergente, um fenômeno muito comum e fartamente documentado pelos biólogos. É o fato de que, quando uma inovação evolutiva favorece a sobrevivência, ela acaba emplacando diversas vezes ao longo da história de um planeta. O melhor exemplo disso são as asas. Elas apareceram na linhagem dos pterossauros, centenas de milhões de anos atrás. Aí apareceram nas aves, de forma independente milhões de anos depois e ainda depois, surgiram de novo nos mamíferos (morcegos). Três ocorrências que não dependeram uma da outra. Dawkins aposta que há alguns elementos que devem mesmo se repetir em outros planetas, por exemplo os olhos. Alienígenas provavelmente terão olhos.
Partindo desses estudos, podemos entender que a realidade biológica de Star Wars não está tão longe de ser, de fato, real. Afinal, em sua grande maioria, as raças são todas humanoides, ou seja, possuem uma configuração corporal similar à humana. Confira no infográfico abaixo algumas dessas espécies.
Fonte | Super Interessante – A Ciência, a mitologia e a saga de Star Wars (Outubro de 2015)