Close Menu
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Facebook Instagram YouTube
    Canto dos Clássicos
    newsletter
    • Início
    • Resenhas de Filmes
    • Listas
      • Melhores Diretores
      • Filmes de cada país
      • Todas as listas
    • Movimentos
      1. Surrealismo
      2. Neorrealismo Italiano
      3. Montagem Soviética
      4. Nouvelle Vague
      5. Cinema Novo
      6. Expressionismo Alemão
      Featured

      Cinema Novo Brasileiro

      Por Lucas Pilatti Miranda3 de outubro de 2018
      Recent

      Cinema Novo Brasileiro

      3 de outubro de 2018

      Nouvelle Vague

      1 de outubro de 2018

      Montagem Soviética

      28 de junho de 2018
    Canto dos Clássicos
    Início»Cinema»O Gabinete do Dr. Caligari – 1920 (Resenha)
    Cinema

    O Gabinete do Dr. Caligari – 1920 (Resenha)

    Lucas Pilatti MirandaPor Lucas Pilatti Miranda6 de junho de 2024
    Facebook Twitter WhatsApp Email
    Envie
    Facebook Twitter WhatsApp Email

    Hoje, convido vocês a embarcar numa viagem temporal, rumo ao coração da Alemanha pós-Primeira Guerra Mundial, para falar sobre um filme que se tornou o marco inaugural de um movimento artístico no cinema: o expressionismo alemão. Estou falando do fascinante e enigmático “O Gabinete do Dr. Caligari” (Das Cabinet des Dr. Caligari), lançado em 1920.

    Este filme, dirigido por Robert Wiene e escrito por Hans Janowitz e Carl Mayer, é mais do que apenas um filme mudo em preto e branco, é uma obra de arte cinematográfica que desafia a percepção da realidade e estabelece novas fronteiras para a narrativa no cinema.

    A trama é fascinante e cheia de reviravoltas. O Dr. Caligari, interpretado por Werner Krauss, é um hipnotizador que utiliza Cesare (Conrad Veidt), um sonâmbulo, para cometer crimes. Mas, o verdadeiro encanto do filme não está apenas na história, mas sim em como ela é contada.

    Com seus cenários distorcidos, que parecem ter saído de um pesadelo, “O Gabinete do Dr. Caligari” é um estudo sobre a psicologia humana, sobre sonhos e realidade. Os cenários angulares e sombrios, as sombras que se misturam com a realidade, tudo serve para criar uma atmosfera de tensão e mistério.

    Mas aqui vão algumas curiosidades que você talvez não saiba sobre esse filme revolucionário:

    Influência do Pós-Guerra

    A atmosfera sombria e os temas de manipulação e tirania refletem o sentimento pós-Primeira Guerra Mundial na Alemanha. Os roteiristas Janowitz e Mayer, ambos veteranos da guerra, foram profundamente afetados pela experiência e usaram o filme como uma crítica à autoridade e à submissão cega ao poder.

    Primeiro Filme de Terror?

    Alguns consideram “O Gabinete do Dr. Caligari” o primeiro verdadeiro filme de terror da história do cinema, graças à sua atmosfera sombria e à trama de assassinatos.

    Cenografia Inovadora

    Os cenários, pintados à mão, foram projetados por Hermann Warm, Walter Reimann e Walter Röhrig. Eles optaram por uma estética expressionista, com formas angulares e distorcidas, em vez de um realismo mais tradicional. Esta escolha teve um impacto duradouro no cinema e influenciou filmes como “Nosferatu” e “Metropolis”.

    Final Alterado (contém spoiler, clique para ler)

    A reviravolta final do filme, que sugere que toda a história foi um delírio, não estava no roteiro original. Foi acrescentada a pedido dos produtores, criando assim um dos primeiros exemplos de final surpresa no cinema.


    “O Gabinete do Dr. Caligari” é uma peça fundamental na história do cinema, sendo uma fonte de inspiração para cineastas ao longo de mais de um século. Alfred Hitchcock, Tim Burton e David Lynch são apenas alguns dos diretores que citaram este filme como uma influência direta em suas obras.

    Além disso, o impacto do filme não se limitou ao gênero de terror ou ao movimento expressionista. A maneira como “O Gabinete do Dr. Caligari” brinca com a percepção da realidade e sua narrativa não-linear abriram caminho para a experimentação na estrutura das histórias contadas no cinema.

    Ainda hoje, mais de 100 anos após seu lançamento, o filme continua a ser um objeto de estudo para cinéfilos, acadêmicos e cineastas. Seu estilo visual único, a trama complexa e a atmosfera sombria continuam a cativar e a desafiar o público.

    Mas, para além de todas as análises e dissecções, “O Gabinete do Dr. Caligari” é, acima de tudo, uma experiência cinematográfica fascinante. É um filme que, ao mesmo tempo em que perturba, também cativa, com seus cenários angulares e suas sombras que parecem ganhar vida própria.

    Para os amantes do cinema clássico, este filme é uma verdadeira cápsula do tempo, que nos permite vislumbrar o início de uma era de experimentação e inovação no cinema. E, mesmo para aqueles que não são particularmente fãs de filmes mudos ou em preto e branco, “O Gabinete do Dr. Caligari” oferece uma experiência única, que desafia as convenções e mostra que o cinema é, acima de tudo, uma forma de arte.

    Portanto, se você ainda não viu “O Gabinete do Dr. Caligari”, eu encorajo você a dar uma chance a este clássico. E, se já assistiu, talvez seja hora de revisitar o mundo sombrio e distorcido do Dr. Caligari. Tenho certeza de que você encontrará algo novo a cada vez que assistir.

    Veja também: Expressionismo Alemão no Youtube

    9.8 INCRÍVEL

    "O Gabinete do Dr. Caligari" é uma obra-prima do cinema, que transcende o tempo com sua narrativa inovadora e cenografia expressionista revolucionária. O filme inaugurou o movimento expressionista alemão e desafiou a percepção da realidade com sua atmosfera sombria e cenários distorcidos. A trama envolvente e as reviravoltas surpreendentes, somadas à crítica social pós-guerra, consolidam este filme como um marco essencial na história cinematográfica.

    • Direção 10
    • Elenco 10
    • Roteiro 9
    • Fotografia 10
    Compartilhe Facebook Twitter WhatsApp Email
    Previous ArticleEP. 04 – Expressionismo Alemão | A HISTÓRIA DO CINEMA
    Next Article The Cincinnati Kid – 1965 (Resenha)
    Lucas Pilatti Miranda
    • Facebook
    • Instagram

    Criador do Canto dos Clássicos, fascinado por música, cinema e uma boa cerveja. "A vida passa rápido demais, se você não parar e olhar para ela de vez em quando, pode acabar perdendo." - Ferris Bueller's Day Off.

    Postagens Relacionadas

    David Cronenberg: Surrealismo e Horror Corporal

    29 de março de 2025

    50 anos de um verdadeiro clássico: “Um estranho no ninho” (1975)

    28 de março de 2025
    9.5

    Protegido: A Paixão de Joana d’Arc – 1928 (Resenha)

    28 de fevereiro de 2025

    Psicologia no Cinema: quando a mente humana se torna protagonista

    26 de fevereiro de 2025
    Deixe um comentário Cancel Reply

    • Facebook 208.5K
    • Instagram 11.6K
    • YouTube 17.5K
    • TikTok
    Canto dos Clássicos
    Facebook Instagram YouTube
    © 2025 Canto dos Clássicos | Todas as imagens aqui contidas são marcas registradas dos seus respectivos proprietários. Polítca de Privacidade.

    Clique acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc para cancelar.